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segunda-feira, 20 de abril de 2015

Seleção Natural Fácil de entender





‘Se a Teoria da evolução for viável. Se eu abrir esse pote de pasta de amendoim talvez não frequentemente mas em algumas ocasiões eu devo achar vida nova aqui dentro.  Você pode sorrir disso.’

Ai, Jesus, você está falando sério¿  Bem, vamos tentar esclarecer o que é a Teoria da Evolução e se realmente prevê que novas espécies vão saltar de um pote de pasta de amendoim.

Uma coisa que todos  sabemos sobre a Teoria da Evolução é que foi proposta por Charles Darwin a uns 150 anos atrás. Bem, não exatamente. A ideia de que organismo evoluem estava boiando por uns 2000 anos antes de Darwin e foi revivida um pouco antes de seu tempo por Jean Baptiste Lamarck. Porém, não ganhou muito território, porque não havia um mecanismo óbvio no qual um tipo de animal se tornaria outro animal.

Lamarck sugeriu que talvez os animais mudariam, porque eles sentiam a necessidade de mudar. Isso não soou muito científico e sem evidencias para suporta-la, a ideia não foi muito longe. O que Darwin fez foi mostrar um mecanismo plausível no qual essas mudanças poderiam ocorrer e não vamos esquecer de Alfred Russel Wallace, que tee a mesma ideia e a publicou junta. O jornal que eles escreveram foi o seguinte:

‘Darwin descobriu o que ele chamou de ‘O principio da Seleção Natural’. Hoje em dia a gente tende a chamar isso de ‘A Teoria da Evolução’ como um tipo de simplificação, mas isso causa confusão, porque nós também usamos o termo ‘Teoria da evolução’ para descrever o fato de que organismo evoluem. Deixarei as evidências físicas e as provas para a evolução no próximo texto. Neste texto eu quero olhar o mecanismo para ver se sentados em nossas cadeiras, sem fazer nem um pouco de pesquisa, nós podemos prever a evolução em animais puramente com base no que sabemos.

1.                      Animais se reproduzem
2.                       está réplica não é perfeita, sempre há variações.

Pensando somente nestes dois fatos e nada mais o que podemos esperar acontecer se nós ficarmos copiando um determinado animal que acabamos de criar em nosso imaginário, geração após geração em um ambiente de mudança?

Digamos que este animal imaginário vive em um clima tropical, pastando felizmente capim e planta. Nós sabemos através dos nossos princípios que nem todo animal é igual. Um animal de uma mesma espécie pode nascer com o pescoço um pouco maior, outros podem ter pernas um pouco maiores, outro pode ter garras maiores e outro pode ter o corpo mais peludo.

Com o tempo o rebanho desses animais se espalhariam pelo continente; Mas o clima muda e o continente fica árido. Apenas pequenos arbustos e bulbo duros conseguem sobreviver. Os animais com o pescoço um pouco mais longo podem obviamente alcançar mais folhas que seus vizinhos. Inevitavelmente os animais mais altos e com o pescoço maior são bem alimentados e saudáveis, e portanto se reproduzem mais.

Algumas gerações mais tarde, a seca faz com que um grande número de animais diminuam por não possuírem as características necessárias para conviver neste ambiente, porém os animais de pescoço grande estão em maior número, já que seu pescoço sendo maior permite-os sobreviver neste novo ambiente. Porém a seleção natural não para simplesmente porque o tamanho médio do pescoço aumentou . Os animais com o pescoço mais longo dos pescoços longos, tem agora uma vantagem sobre os demais animais de pescoço longo, e assim o processo continuar.

Isso é bem fácil de entender. Você deve estar se perguntando porque é tão mal entendido:
‘Eu estou curioso, há alguém no palco que não concorda/acredita na evolução?’

Ok, pelo melhor dos candidatos republicanos e também para o homem da pasta de amendoim, vou dividir esse processo em pequenos passos, e veremos onde está o problema.

1.                      Animais se reproduzem.
2.                      Sempre há variações.

Claramente aí não há argumentos. Sabemos que de fato animais reproduzem e que sempre há variações, já que a cópia não é perfeita.

3.                      Essas variações nos traços são repassadas.

Isso quer dizer que filhos são como seus pais pois herdam seus traços.

4.                      Quando um habitat muda, alguns desses traços concedem alguma vantagem.

Por exemplo, se é muito frio em um habitat, animais mais peludos terão melhores chances de sobreviver. Acredito que isso é bem óbvio.

5.                      Genes que concedem traços vantajosos sobrevivem e são repassados.

Como os genes de animais mais peludos em um habitat frio. Genes que não confirmam essas vantagens tendem a não serem repassados, porque os animais que não os carregam tem uma pequena chance de sobreviver.

Depois de muitos anos rejeitando esses passos simples da seleção natural, alguns pastores criacionistas estão agora as aceitando.  O que indica que eram contra, sem conhecer como funciona de fato a Seleção Natural.

Assim como mais e mais espécies de animais aparecem no registro fóssil, a arca de Noé estava correndo o risco de naufragar com o próprio peso, alguns pastores criacionistas propões agora que Noé encheu sua arca com diferentes ‘tipos’ de animais e esses então evoluíram e estenderam-se a esta vasta variedade que vemos hoje. Porém a evolução de verdade leva milhões de anos, já para a evolução criacionista compacta todas essas mudanças em cerca de dois mil anos.

Um museu criacionista ensina sobre a superevolução, mas eles aceitam a evolução com uma importante interrupção do processo:

 - ‘Evolução não leva a criação de novas espécies’. Alguns criacionistas podem dizer.
Essa é uma conclusão muito interessante, mas que tipo de evidencia física eles possuem para suporta-la?

NENHUMA!!!! Ok, eles utilizam a Bíblia. OK, NENHUMA EVIDENCIA FÍSICA!!!

No lugar de evidencias, criacionistas suportam suas alegações com um simples argumento, que evolução para novas espécies nunca foi observada. Em mamíferos isso não é de surpreender, você simplesmente não notaria, afinal levariam apenas 60 anos para observarmos mudanças. Como por exemplo, de um recém nascido até quando este possuir 60 anos.

Porém eu duvido que tenhamos notado alguma mudança em relação ao dia a dia quando este mesmo individuo parou para se olhar no espelho. Se todo fenômeno científico tivessem que ser diretamente observado nós poderíamos então dar ‘tchau’ para conceitos como corrente elétrica ou a divisão de átomos ou o movimento do sistema solar ao redor de nossa galáxia. Nenhum desses pode ser observado diretamente, eles são deduzidos a partir de outras observações.

Como vimos certos animais podem se tornar maiores com o tempo para poder sobreviver a uma mudança no clima, mas pode haver outras maneiras de sobreviver. Por exemplo, os animais que não possuem um pescoço longo podem não serem capazes de competir pelas folhas mais altas, porém  por ter unhas maiores, ele pode cavar mais facilmente por bulbos, tendo então uma melhor chance de sobreviver. Assim seus genes seriam repassados.

A pergunta não é SE os animais mudariam com o tempo mas o que poderia para essas mudanças. Cada mudança na geração pode ser pequena mas com milhões de anos de mudanças acumuladas em um habitat em mudança leva a dois animais completamente diferentes.

A pergunta é se a partir daí o DNA deles seria tão diferente que eles não poderiam mais se procriar.

Anti evolucionistas tem suas objeções que sempre vem a tona:

‘Como podemos ir de um organismo de uma célula simples para algo tão complexo como o cérebro humanos¿’

Bem, se você está imaginando algo como um passe de mágica que levou uma célula a se transformar em um cérebro, então obviamente não é possível. Porém, usando a nossa Teoria da Seleção Natural e dividindo em passos evolucionários, é fácil de entender.

Organismos simples teriam um sistema sensorial como na ameba, que pode sentir calor, frio e químicos. Isso poderia então evoluir para um sistema sensorial com processador central, assim como os de insetos. Indivíduos com sistema nervoso central mais organizado, poderiam fazer mais coisas e repassar suas características melhoradas. O processador central se tornaria maior e melhor.
‘Como pode algo tão complexo como o olho humano ter evoluído¿’

Mais uma vez em etapas. Eu não irei gastar meu tempo explicando a evolução do olho aqui, porque você pode encontrar a resposta a essa pergunta tanto no google quanto no youtube.

Alguém pode perguntar: ‘Evolução, exigiria que informação não existente aparecesse ...’

Não. Evolução requer variação. Se ‘informação’ é uma maneira especial de dizer orelhas maiores, corpo mais peludo e um pescoço maior, então está ótimo, nós sabemos que isso ocorre. Nós podemos ver. Se informação quer dizer adicionar partes completamente novas milagrosamente, então obviamente isso não acontece, e nós já sabemos porque. No próximo texto mostrarei as evidencias de que animais adaptam morfologias existentes para novas tarefas.

Alguns ainda podem dizer: ‘Evolução é um acidente aleatório’

Tente caracterizar evolução como um ‘acidente’ não muda o que ela é, ou a evidencia para ela. Claramente não existe nada de ‘aleatório’ a respeito da seleção natural, porque genes só sobrevivem se eles forem mais bem adaptados para sobreviver.

Ainda outros podem insistir: ‘mutações são erros, então como elas podem ser benéficas¿’
Mutações é apenas o resultado inevitável do DNA que não produziu uma cópia perfeita do original, o que é muito comum. O resultado é variação, e não um exercito de ficção científica de tartarugas ninjas. Em fato, existem novas evidencias que mutação não tem uma função muito importante na seleção natural e essa seria uma boa hora para olharmos o que aprendemos sobre Darwin.

Quando Darwin e Wallace publicaram seu jornal sobre seleção natural, Louis Pasteur estava desenvolvendo sua Teoria patogênica da medicina – a ideia de que germes causam doenças. Mas seria ridículo presumir que biologistas não aprenderam nada sobre patogênicos desde 1860. É claro que nosso conhecimento  aumentou. Então pegue nosso conhecimento sobre evolução, o que seria diferente?

Biologistas agora sabem que mutação pode não ser o grande motor da mudança. DNA pode ser mudado por proteínas que ligam e desligam genes – um processo chamado Regulação Cis. Epigenesia é uma grande área, mas muda drasticamente a premissa de Darwin que genes estão passivamente parados ali esperando serem manipulados pelo habitat em transição ao seu redor, simplificando, biologistas descobriram que DNA pode exagerar traços que estão sendo selecionados naturalmente.

Ao invés de ser a mudança lenta e estável que Darwin contemplou, a evolução parece acontecer aos trancos e barrancos. É como se seleção natural ocasionalmente sofresse acelerações. Regulação Cis e Epigenesia poderia explicar porque isso acontece. Essas e outras muitas descobertas não derrubam a ideia do século XIX sobre Seleção Natural, da mesma forma que microbiologia moderna não derruba as descobertas de Louis Pasteur. Porém elas mostram que as ideias de Darwin eram brutas e incompletas. Existem bem mais sobre o mecanismo da evolução para ser descoberto.


Ok, então nós deduzimos do conforto de nossas cadeiras que evolução convêm acontecer, ao menos eu espero. Agora é hora de pesquisar e de ver se essas ideias são apoiadas por evidencias físicas. 
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Item Reviewed: Seleção Natural Fácil de entender Rating: 5 Reviewed By: Gabriel Orcioli