A uns 400 anos atrás, Galileu estabeleceu um experimento para testar sua hipótese que objetos aceleram na medida que caem. O que foi um ato extraordinário, árabes intelectuais tinham feito o mesmo por séculos mas enquanto suas ciências eram vastamente aceitas e admiradas na Europa seus métodos de experimentação eram encarados com desprezo.
A Igreja Cristã mantinha que conclusões poderiam ser alcançadas somente através de discussão e lógica, como foi ensinado por Aristóteles. O exemplo simples de Galileu mudou tudo isso e começou uma revolução que nos levou de superstições e crenças medievais para o que é conhecido como ‘O Iluminismo’ (Não tem nada a ver com os ‘Iluminats).
Ciência é simplesmente conhecimento. O que realmente queremos dizer quando falamos de ciência é o método no qual esse conhecimento se originou em centenas de anos, as regras de ouro da ciência tem sido afiadas e aperfeiçoadas para assegurar uma meticulosa precisão e imparcialidade e elas começam com algo que foi uma excomunhão para a Igreja Medieval que era que : 1. Basearás as tuas conclusões em evidências.
Ciência é definida como o ramo do conhecimento sistematizado como campo de estudo ou observação e classificação dos fatos atinentes a um determinado grupo de fenômenos e formulação das leis gerais que os regem.
Evidência em sua forma mais básica é uma observação. Está regra diz que uma conclusão deve ser baseada em observações. Quanto mais evidências melhor será a conclusão. Essa não é somente a base do método científico, mas também é a base de TODO nosso sistema legal.
Nenhum tribunal de justiça começa com a conclusão que um suspeito é culpado ou inocente e depois passa a sentença e mais tarde ouve a evidência para confirmar a infalibilidade de seu veredito.
Há outras regras do terreno das pesquisas científicas que podem soar igualmente óbvias. Vejo como muitas delas também são usadas em tribunais de justiça.
2. Medirás objetivamente, não suporás seletivamente.
3. Apoiarás tuas afirmações em evidências: Em outras palavras, dizer algo é um fato não o faz um fato.
4. Usará grande número de amostras.
5. Teus testes devem ser cegos.
6. Teus testes devem ser controlados.
7. Deverás citar tuas fontes de informação.
8. Tuas fontes devem ser confiáveis, verificáveis e contar com evidências.
9. Opinião não é fato.
10. Não farás falso testemunho ( Não trapacearás).
Todas as pesquisas científicas deve seguir essas regras de ouro e se as regras não são seguidas então não é ciência. Isso não é um obstáculo para uma pesquisa de mente aberta, assim como as regras de um tribunal de justiça não são um obstáculo para a justiça ou as regras de um jogo de futebol não são um obstáculo para um jogo limpo. Pelo contrário, elas asseguram imparcialidade e um resultado justo e preciso.
Então se nós concordamos que todas essas regras são justas, então vamos ao próximo passo que eu chamarei de ‘O Procedimento Científico’.
O problema.
Imaginamos que uma jovem cientista chamada Jane. Ela lê relatórios de pesquisa e dados sobre um misterioso fenômeno natural. De repente ela tem uma ideia do porquê de sua natureza, em termos científicos ela tem uma hipótese.
A Previsão
Para ver se sua hipótese está correta, Jane faz uma previsão sobre o que deveria acontecer com esse fenômeno natural dentro decertas circunstâncias. Agora vem sua primeira etapa.
O teste
Por três anos Jane deve executar experimentos, tomar medidas e colher dados a medida que testa a hipótese, a todo momento seguindo detalhadamente as regras de ouro do método científico. Quando o projeto de pesquisa termina Jane pode descobrir que suas previsões estavam erradas e terá que mudar a hipótese e recomeçar tudo de novo. Porém se as precisões estiverem corretas ela escreve os resultados em um relatório e o envia a um jornal científico.
Depois ela encontra a segunda etapa.
Revisão
Especialistas na mesma área examinam o relatório procurando por algum engano. Se ela seguiu o método científico meticulosamente e seus cálculos estão corretos o relatório entra na fase final.
Publicação
Quanto tudo está dentro dos conformes sem qualquer erro ou algum engano, Jane terá seu trabalho publicado.
Replicação
A etapa final vem quando outros pesquisadores tentam replicar os experimentos de Jane, eles garantirão que não há outras explicações para seus resultados. Um desses pesquisadores pode levar os experimentos de Jane mais além e descobrir não só o que acontece mas o porquê.
Existem muitos equívocos quanto a replicação e é frequentemente usado como um argumento contra a evolução tal como:
‘Evolução envolve eventos que não poder ser reproduzidos em laboratório, portanto depende da ciência em um sentido comum da palavra’. – creationism.org.
Ciência é um dedução baseada em evidência e não na recriação de eventos passados em um laboratório. Promotores não tem que replicar um assassinato para mostrar que um assassinato ocorreu, um corpo amarrado e amordaçado com várias punhaladas geralmente é o suficiente.
A replicação dos resultados quer dizer que se a Jane baseia suas conclusões em experimento então esse experimento tem que ser repetível por outros pesquisadores. Se ela o baseia em algo que ela observou, eles devem ser capazes de observar também. Isso quer dizer que as evidencias apresentadas na teoria da evolução é capaz de que outros pesquisadores também possam fazer a observação.
Se ela alegar ter esfregado uma lâmpada de óleo e ter visto um gênio sair dela então seu resultado será invalidado se outros pesquisadores não poderem fazer o mesmo. Isso não significa que ela não viu o gênio, cientificamente quer dizer que a posição de Jane não é válida e será desconsiderada como evidência.
Muitas pessoas possuem sonhos, EQMs, experiências extra corporais, aparições de óvnis entre diversas outras coisas, muitas delas ainda continuam invalidas outras estão sendo estudadas para uma melhor compreensão como as EQMs e as experiências extra corporais, entre outras.
Por diversos motivos é difícil levar em consideração que amigos imaginários existam, cientificamente isto é invalido, porém, existe formas indiretas de compreender a questão e descobrir o porque, quando e como a pessoa passa a ter um amigo imaginário.
Na ciência, se os pesquisadores não puderem ter o mesmo resultado obtido por outro pesquisador, então o resultado será invalidados.
Falsificação
Não serve para nada se a Jane explicar que o gênio só vai aparecer de novo daqui a 1000 anos, simplesmente não há uma maneira de falsificar essa afirmação. Uma hipótese tem que ser falsificável ou ela não pode ser testada.
Somente depois dessas cansativas etapas terem sido superadas com sucesso a ‘Hipótese de Jane’ se tornará a ‘Teoria de Jane’.
Teoria
Existem também um mal entendido com respeito a palavra ‘teoria’. Nós jamais podemos dizer que Jane provou algo, mesmo com muitas evidências sólidas. Prova é um termo matemático. Uma ‘teoria’ é uma explicação que é consistente com todas as evidencias observadas e todo novo pedaço de evidência deve ser consistente com a teoria. Desta forma, cada peça do quebra cabeça se encaixam perfeitamente.
A teoria deve ser consistente com novas teorias em outras áreas e claro que novas tecnologias baseadas na teoria tem que funcionar.
A partir do momento que nenhuma outra teoria nem de longe se iguala a essa consistência a ‘Teoria de Jane’ é um fato e pode ser adicionada a livros em escolas. Isso não quer dizer que ela não pode ser modificada, mesmo pilares da ciência como a teoria da Gravidade e a teoria da evolução tem sido modificadas a medida que novas evidências aparecem.
Essas modificações não derrubaram as teorias, elas apenas mostram com maior precisão como elas funcionam. Vejamos isso por um ramo da ciência que todos podemos entender: Cartografia.
No século CV lacunas no conhecimento europeu no que havia além dos oceanos eram sempre preenchidos com mitos imaginários de dragões marinhos e monstros. Depois que a terra foi descoberta, alguns geógrafos alegaram que isso poderia ser um novo continente. É claro que esses prévios exploradores cometeram erros.
No inicio de qualquer ramo da ciência as evidencias são leves e a tecnologia não é precisa, mas a medida que o número de evidências aumenta e as medições se tornam mais precisas nós movemos para uma certeza elevada. Só porque existem alguns erros não quer dizer que devemos jogar fora nossa teoria dos continentes e voltar a acreditar em dragões matinhos e monstros. Pelo contrário, cada correção nos deixa mais certos a respeito do formato e natureza do continente.
Então o método científico não garante que erros não serão cometidos mas ele garante que serão corrigidos.
Digamos que Jane tenha um irmão gêmeo malvado chamado John, que tem uma hipótese em um ramo diferente da ciência; Ao contrário de Jane, John é negligente e seus dados são defeituosos. Se este for o caso é improvável que ele passará a segunda fase de avaliação acadêmica e seu relatório seria rejeitado.
Então digamos que ele falsifica seus resultados para fazer parecer que sua hipótese estava correta. Baseado em dados falsos, o relatório fraudulento de John é publicado. Aí está a prova que o método científico não funciona. Porém, daí outros pesquisadores não podem replicar seus resultados, novas evidências não são consistentes com a hipótese de John. Com o tempo a hipótese não se encaixa e os resultados falsos de John se tornam uma anomalia confusa. Progressivamente eles são marginalizados e ignorados, como a ideia de Monstros marinhos e dragões preenchendo as lacunas do desconhecido nos mapas.
Então, uma diferente hipótese é sugerida por outro pesquisador e essa é testa com sucesso. Mesmo que John tenha errado, outros pesquisadores podem corrigir o erro e testar uma nova hipótese. Em ciência, mesmo com erros é possível se chegar em algum lugar. Na divergência de ideias se encontra o conhecimento.
Essa nova hipótese se mostra correta e nos conduz a uma tecnologia que funcione. Se outros pesquisadores pensam que John trapaceou ou simplesmente teve o resultado errado, não importa, com o tempo a má ciência sempre será descoberta, porque não será consistente e será impossível de fazer encaixar no restante do quebra cabeça.
Então o procedimento científico é um tipo de processo de filtração que garante que qualquer que seja o que as crianças aprendem nas aulas de ciência tenha sido PERFEITAMENTE testado, VERIFICADO e é APOIADO por evidência. Também tem uma virtude convincente ELA FUNCIONA. Toda a tecnologia a sua volta, desde o monitor de seu computador, ao plástico na sua cadeira, as pílulas de vitaminas que você pode estar tomando, devem sua existência ao método científico.
Fundamentalistas são culpam pesquisadores quando eles publicam teoria que explicam a eletricidade, polímeros e a função das vitaminas na saúde, mas eles pensam que cientistas se enganam IRREMEDIAVELMENTE toda vez que eles pesquisam nossas origens. Fundamentalistas não gostam quando suas hipóteses podem estar equivocadas.
Alguns Fundamentalistas podem dizer:
‘Cientistas são induzidos. Eles pre-suportam evolução e um universo antigo’.
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Isso é o mesmo que dizer que cientistas pressuporão a relatividade, o eletromagnetismo ou a decadência radioativa. Nenhum desses conceitos eram conhecidos antes de serem descobertos. Naturalistas do século XIX, examinam evidências geológicas, biológicas e cosmológica, com a concepção de a versão bíblica de eventos estar correta. Foi a EVIDÊNCIA que mostrou que eles estavam enganados.
Outros fundamentalistas podem dizer:
‘Cientistas não estão procurando por evidências da criação e dilúvio, por isso eles não encontram’.
Existem milhares de centenas de cristãos, muçulmanos e judeus que são biologistas, geologias e cosmologistas que tem toda razão para encontrar evidências de uma divindade. Tal descoberta seria tão estupenda que não só confirmaria suas crenças mas também os daria um prêmio Nobel. Porque eles ainda não receberam um prêmio Nobel por tal descoberta¿ Porque não existe tal descoberta, mesmo com tantos procurando, ainda ninguém encontrou.
Outros fundamentalista podem dizer:
‘Cientistas só aceitam o natural e não o sobrenatural’
A ciência não começa com a suposição que algo é natural ou sobrenatural, ela começa com algo que acontece, como por exemplo, o estudo sobre EQMs e Experiências extras corporais, e depois elabora o porque, quanto e como acontece.
No passado as pessoas acreditavam que anéis de fadas eram um fenômeno sobrenatural, hoje em dia sabemos que eles são causados pela dispersão subterrânea de fungos.
Ciência é uma explicação baseada em pesquisas imparciais checadas por rigorosos controles e oscilações e não por CRENÇA.
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