A medida que as ideias do professor se acomodavam em minha mente, eu estava tendo problemas para negar a possibilidade e solide racional. A força absoluta de lógica estaca ficando difícil de resistir. De fato, olhando para trás em nossa conversa, todo o seu direcionamento não parece ter ido no sentido que Deus havia me assegurado que iria.
Nada do que eu disse ao professor o persuadiu. Todos os passos lógicos que nós tomamos na conversa me deixava cada vez mais longe de Deus. Talvez eu estivesse errado a respeito da lógica. Talvez eu estivesse errado sobre essa conversa. Talvez eu estivesse errado que Deus tenha me levado até aqui. Talvez toda essa conversa tenha sido um grande erro. Eu fui para a sala ao lado e deitei no sofá, com minhas mãos sobre meu rosto e rezei desesperadamente, pedindo a Deus para me dar algo, qualquer coisa que persuadisse o professor, que justificasse e suportasse a minha crença. NADA VEIO.
Eu estava desistindo da lógica.
Eu corri para o meu computador e respondi ao último e-mail do professor:
‘Eu fiz uma escolha, se eu tiver que desistir da lógica para servir a Deus, é o que eu devo e vou fazer. O joelho vai curva-se, a língua vai confessar, eu sei que não acredita, mas eu creio.’
Em uma hora o professor respondeu:
‘você fez uma escolha¿ Jesus Cristo, você só tem 21 anos de idade. Você não tem ideia de quem você é ou o que quer fazer com sua vida. ‘
Eu estava contra a parede, logicamente e emocionalmente. Eu não tinha ideia do que fazer. Então eu liguei para meus pais. Eles perceberam que eu estava angustiado, mas não podiam dizer o que estava errado. Eu tentei racionalizar o assunto com meu pai:
Filho - ‘Pai, você alguma vez pensou que talvez a bíblia esteja errada? O que você diria se alguém que tem evidências de que ela está errada e lhe mostrasse essas evidências ?
Pai – ‘Eu diria que não é o que eu acredito, e se eles não gostassem, o problema é deles! E se eles me falassem esse tipo de porcaria, eu não falaria mais com eles.’
Filho – ‘Mas se eles estivessem tentando ajudar? e se fosse verdade ?
Pai – ‘Jesus nos falou para vivermos pela fé e que Ele nos traria salvação. Ele nunca disse, eu lhes trago a verdade!’
Ele disse a palavra ‘verdade’ com desprezo. Como se não fosse importante.
Mas além de Deus, a verdade era a coisa mais importante do mundo para mim. Espalhar a verdade era exatamente o que eu achava que Deus queria que eu fizesse com a minha vida. Eu nunca achei que Deus e a Verdade estivessem em conflito. Eu nunca achei que teria que escolher entre eles.
A dura realidade da situação era emocionalmente destruidora.
Eu tinha certeza que sendo um cristão por toda a vida, meu pai teria uma fé forte, um conhecimento balizado que ao menos me ajudassem a lidar com esses assuntos e voltar para Deus. Mas ao invés disso, sua resposta era mais desconcertante. Ele confirmou o que o professor me disse que ocorreria se eu trouxesse o assunto para outros cristãos.
Neste ponto eu me debulhava em lágrimas. Eu falei com minha mãe, ela me perguntou se eu estava bem, eu disse que era sobre deus.
Mãe – ‘Está tudo bem entre você e Deus?’
Filho – ‘Sim, eu me sinto mais perto Dele do que nunca. ‘
Estranhamente, eu realmente sentia. O que eu não contei a ela era que o sentimento estava variando. Que em um momento eu sentia que Deus me segurava com carinho na palma da mão e depois eu sentia que ele nunca existiu.
Filho – ‘É como Jesus, quando ele estava sendo tentado quando ele foi crucificado¿ E como ele sentiu que o mundo estava sobre seus ombros, como se chama aquele lugar?
Eu peguei a bíblia e a folheava enquanto ela pensava.
Mãe – ‘Ah ... Getsêmani.’
Filho – ‘É, é tipo assim.’
Eu não queria espalhar meu pânico para meus pais. Eu tinha que resolver isso por mim mesmo. Eu disse a minha mãe que eu ficaria bem. Eu disse ao meu pai para continuar rezando por mim. Eu fiquei em silêncio.
Não demorou muito para que minha mente, se livrasse de minha proibição para usar a lógica. Eu comecei a considerar seriamente:
- E se Deus nunca tivesse existido?
Doía em meu coração só a ideia de pensar nisso. Como ser derrubado em um tonel de ácido ou transformasse em um vampiro. Eu senti que estava perdendo a coisa mais importante de minha vida. A medida que o veneno dessas ideias corriam pelas minhas veias, eu tentei resistir e não pude. FAZIA DEMASIADO SENTIDO.
Eu não sabia na época, mas eu estava entrando em uma fase da minha vida que eu não podia mais acreditar em Deus. Não importa o quanto eu tentasse.
Deitei no meu sofá e rezei de novo, com as mãos sobre meus olhos, mas desta vez, eu sentia que ninguém está lá para ouvir o que eu tinha a pedir.
Na manhã seguinte, quando eu acordei sozinho no meu apartamento. Pela primeira vez em minha vida eu me senti verdadeiramente solitário.
Ao abrir a porta de meu apartamento eu senti um Mysterium Tremendum do mundo vaioz e espaçoso que me saudava. Como olhar para um grande copo d’água que aprece não ter fundo.
Aquele mundo antes colorido agora parecia escuro, sem cor e amedrontador. Como algo morto que se colocou a pele por cima para imitar a vida de verdade.
Esse sentimento de estar desconectado, enquanto eu andava em direção ao ônibus para ir a aula. Eu as vezes pensava que quando eu olhava para os olhos das pessoas eu via Deus através de seus olhos, mas agora esses olhos pareciam amedrontadores e desconhecidos.
O que controla o mundo se não há Deus? O que me protegeria e me conectava com outras pessoas?
O professor me disse uma vez que eu seria como uma tartaruga sem casco se eu pulasse de cabeça nisso. Agora eu podia ver e sentir que ele estava certo.
Com o passar da semana a meu simulacro de Deus começou a falhar em minha mente. Ao invés de me sentir amado e sábio, me sentia sombrio, agourado, beirando a esquizofrenia. Me empurrava a fazer coisas bizarras e aleatórias como que não faziam sentido como colocar a minha mochila em pontos específicos do banco que eu estava sentado.
Mais do que antes, eu pensava que esse suposto direcionamento divino era a parte do meu cérebro responsável por solucionar problemas aleatórios o tempo todo, tentando preencher o direcionamento de um criador onisciente. Eu tentei ignorar esse programa absurdo que estava funcionando mal em meu cérebro e assim continuar a vida.
Ao encarar essa possível realidade, minha vida se tornou um verdadeiro inferno.
Finalmente eu enviei um e-mail para o professor para lhe contar pelo que eu estava passando. Ele respondeu:
‘Isso é normal. As vezes leva tempo para que a parte emocional do cérebro alcançar a parte lógica do cérebro. ‘
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