Nós agora, fechamos a capa do nosso exame do primeiro capítulo do primeiro livro da bíblia.
Nós aprendemos que uma leitura literal não tem paralelos com as descobertas da ciência moderna. Tentativas de reler ou reinterpretar o texto também levam a falhas espetaculares. Na verdade quando alguém tenta desviar a leitura direta do texto, ele pode fazer mais estrago do que se tivesse deixado o texto em paz.
Mas existem alguns que querem ter o melhor dos dois mundos. Enquanto eles admitem a imprecisão científica do Gênesis eles ainda querem manter que ele foi inspirado por um Deus Onisciente e onipotente.
John H. Walton, autor de ‘O mundo perdido do Gênesis’ tenta essa abordagem. Ele admite que o primeiro capítulo do gênesis é um reflexo de uma antiga cosmologia. Em nada sendo reflexo do eu a ciência nos mostra, mas Walton acredita que isso era o que se deveria esperar.
Ele escreve:
‘nós não ganhamos nada em tentar conciliar a revelação de Deus com a ciência moderna. Em contraste, faz todo o sentido que Deus comunicasse sua revelação, para seu público imediato em termos que eles entenderiam.
Desde que Deus não achou necessário comunicar um jeito diferente de imaginar o mundo de Israel, mas seria suficiente para eles manter a antiga geografia cósmica nativa, podemos concluir que não era o propósito de Deus revelar os detalhes da geografia cósmica, definida como a maneira de como alguém pensa no formato do cosmo, a forma da terra, a natureza dos céus, a localização do Sol, Lua e estrelas , não tem relevância, e Deus poderia ter comunicado o que Ele quisesse a despeito da geografia cósmica de alguém. (Pag. 17-18)’
Um inspiração divina dessas por um Deus onisciente e onipotente, sugere uma deidade com uma extrema falta de visão. Nós podemos conceber que esse Deus poderia ter inspirado o livro mais influente da história, no contexto de sua audiência nativa original, mas fazendo isso ele alienou futuras audiências em um ignorância arcaica.
Ao invés de proporcionar os antigos hebreus com uma precisa geográfica cósmica, demonstrando um conhecimento superior não só da cultura nativa recebendo a inspiração mas enormemente superior a qualquer cultura da época, e pelo milênio seguinte, o que só poderia ter vindo de influência divina e sobrenatural, nós ao invés disso, temos uma narrativa que se aprece em cada parte como meramente um produto do conhecimento científico ou leitura da cultura de onde veio.
Assim sendo, não há nenhuma pista de influência divina. Se essa deidade tivesse inspirado uma história da criação cientificamente correta, nós não teríamos apenas uma bíblia comunicando a mensagem que esse Deus queria comunicar no capítulo I do gênesis, mas nós teríamos um relato cosmologicamente correto da criação, para servir de testemunho dessa mensagem.
Nós teríamos um relato completamente fora do conhecimento dos antigos hebreus, que conclusão nós teríamos sobre sua origem então?
Esse conhecimento de fato teria que ser divino. Mas se a afirmação do Walton de que os detalhes da forma da terra, a natureza dos céus, a sequência correta da evolução, e a posição dos corpos celestes não são importantes para a mensagem geral do texto, porque incluí-la com tantos detalhes que nós encontramos?
Então aqui estão as escolhas:
Acredite no gênesis e rejeite a evidencia científica contra sua narrativa ou aceite a evidencia cientifica e rejeite o gênesis.
A opção de ter ambos realmente não existe, como vimos, se alguém quer ter qualquer tipo de credibilidade.
Críticos e céticos da bíblia prontamente dizem que os autores do texto bíblico não eram cientificamente instruídos. Isso se mostra na escrita. Mas eu acredito que alguns críticos levam isso longe demais e ridicularizam os autores bíblicos chamando-os de pastores ignorantes ou homens loucos do deserto.
Eu não compartilho essa opinião.
Muito embora seja óbvio pela nossa análise do primeiro livro do gênesis, que os autores bíblicos certamente não tinham o nosso mesmo nível de sofisticação científica e o texto não revela algum conhecimento escondido ou mensagem esotérica que de alguma maneira contém pistas de alguma consciência científica, mostra que não foi inspirado por nenhuma entidade divina.
O autor humano entretanto estava muito longe de ser intelectualmente falido.
Os autores bíblicos deveriam fazer parte da mais alta elite intelectual de Israel. Eles estavam escrevendo o que eles acreditavam ser o quadro mais preciso do conhecimento do cosmos na história humana. Um retrato religioso e assim pré-científico dos mitos concorrentes de sua região.
Eu não incluí todas as criativas interpretações que os apologistas usam para tentar manter a história bíblica relevante com a ciência moderna, nesta série.
A verdade dessas interpretações é vasta e única assim como as pessoas que as inventam. Mas por favor, saiba todavia que não há uma variedade de interpretações dos fatos científicos para manter a ciência relevante para o gênesis.
É verdadeiramente um caminho de mão única.
0 comentários:
Postar um comentário