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sábado, 12 de setembro de 2015

Segredos dos Deveres Morais Revelados





O bem e o mal, conceitos criados através das necessidades humanas, de sua biologia, de sua herança. 'Bem' vem de prazer, e 'Mal', vem de dor, utilizando isso com as necessidades de cada individuo e da espécie temos que, o que uma pessoa sente, acredita, está convicta será o que a pessoa considera certo. Se a mesma estiver envolvida com alguma ideologia, ela não perderá sua individualidade, porém a ideologia e suas Regras, terá maior valor. Desta forma o que é certo ou errado para a ideologia, será programada no cérebro, desta forma obrigando as Regras e Leis da Ideologia serem certas ou erradas. Logo após vem a adaptação ao ambiente, fazendo assim a pessoa se conectar com a cultura em que faz parte, desta forma as Regras e Leis imposta pela cultura terá maior valor que a individualidade ou alguma ideologia especifica. Porém a pessoa não perderá sua individualidade. E por fim, o bem a toda a espécie, da qual passa a ter maior valor que a cultura, a ideologia ou a individualidade, porém não deixamos de perder nossa individualidade.

Desta forma todos os dias, tomamos decisões das quais envolvem fazer o que é visto como certo ou errado, da qual ou visará o bem para a espécie, visará o bem para a cultura, visará o bem para a ideologia ou filosofia seguida, ou terá apenas o propósito de ser bom para si mesmo.

Além do mais não podemos ignorar nossos instintos, nível e grau de conhecimento, maturidade, mentalidade, deficiências, adaptação ao ambiente, influências biológicas, emoções, processos cerebrais, evolução e a herança, entre outros.


Nosso cérebro e seus diversos processos, não se importam se a moralidade é como dizem (subjetiva ou objetiva), de fato nem mesmo importa se Deus existe ou não. Isso porque nosso cérebro irá se conectar e adaptar-se conforma as necessidades do ambiente, gerando assim a convicção do que seria certo ou errado. Perceba que mesmo que Deus exista (como muitas pessoas dizem que sim), é necessário que o cérebro faça o mesmo processo de conexão com as Regras e Leis. O que implica em algo que muitos teístas não querem aceitar: nosso cérebro e nossas necessidades, é o que cria e gera a moralidade e não Deus.

- Aí, me perguntam: Mas, Gabriel, não existe uma bussola da qual diga o que é certo ou errado e isso torna a moralidade sem Deus relativa?

É sério? Geralmente quem faz essa pergunta, é porque ignora tudo o que dissemos acima. Ignora os processos cerebrais, ignora o papel da herança, ignora a forma como nos adaptamos ao ambiente, ignora a biologia e suas influências, e etc. Como a pessoa aprendeu em muitos casos a acreditar em uma determinada ideia, terá dificuldades para compreender como uma outra ideia, ainda mais complexa de fato funciona.

Existe uma mania inexplicada de muitos religiosos dizerem que sem Deus não podemos saber o que é certo ou errado, deve ser muito interessante que ignora os 4 principais aspectos que possuímos que é a forma a qual nossa moralidade tende a se basear: individualidade, ideologia, cultura, espécie. Como vou saber que isso é certo e errado? Você não vai. Essa é a questão.

Nosso cérebro não trabalha como nossa racionalidade. Nosso cérebro não diferencia o que é real ou ilusão (se assim o fosse não existiriam crenças em papai noel, contos de fadas, destino, crença em mais de 300 milhões de deuses), nosso cérebro trabalha com conexões e com o que se torna necessário. Exemplo de algo necessário que não tem nada a ver com certo ou errado inicialmente e também na questão de benefícios Vs Malefícios:

(A) Semáforo: Por muito tempo nunca foi usado, porque não era necessário. Porém assim que os carros passaram a existir, então se tornou necessário a utilização de semáforos. Diversas Leis e Regras foram aplicadas ao semáforo. Hoje sabemos os benéficos de tal existência e tem sido benéfico principalmente em grandes cidades. Adicionando Leis e Regras na utilização de tais semáforos, punindo aqueles que não obedecem tais Regras e Leis, se tornou uma obrigação respeitar o semáforo.

É claro que você pode ultrapassar o sinal vermelho a hora que quiser, afinal de contas não tem como saber racionalmente se é certo ou errado que o semáforo exista (lógica segundo teístas), porém pelo fato de ser algo necessário, naturalmente se torna certo não ultrapassar o sinal vermelho.

O cérebro humano e o sinal vermelho

No momento em que o sinal fica vermelho, em um dia típico em um semáforo qualquer, nosso cérebro se adaptou a essa situação, e sendo assim gera um alerta. Este alerta diz que é hora de parar, porém podemos quebrar essa regra e sofrermos as punições por Lei, porém nossa necessidade de ultrapassar o sinal vermelho tem que ser maior que a necessidade de respeitar o sinal vermelho.

CS Lewis em sua defesa da moralidade provida de Deus, diz que o que nos faz decidir entre passar o sinal vermelho ou respeitar o sinal vermelho, isso que nos faz decidir é Deus (desculpem-me mas não sou tolo o suficiente para cair nessa baboseira de CS Lewis). Lewis ignora o que de fato nos faz decidir entre as duas, da qual tem enorme influencia de diversas áreas de nosso cérebro, assim como fatores de nossa herança evolutiva, sistema límbico, background, maturidade, conhecimento, necessidade e etc.

Se nossa necessidade por exemplo, for de vida ou morte, então os sinais vermelhos serão um problema. Como nossa necessidade é maior, pagar multas será o de menos. Neste caso temos novamente o que os teístas que defendem que a moralidade não existe sem Deus, não querem aceitar, que são justamente as questões que envolvem a sobrevivência, reprodução e qualidade de vida.

Se um teísta deixar de ser teísta ele se transformará em uma pessoa má?
Está pergunta é bem interessante e muitas vezes entendida equivocadamente por causa da mentalidade teísta. No mundo teísta as pessoas aprenderam que sem Deus não tem como saber o que é certo ou errado. Desta forma, na lógica de muitos teístas, não existe certo ou errado sem Deus. Essa limitação, influencia na visão de mundo e na visão da moralidade, o que implica em uma distorção da realidade. Na cabeça dessas pessoas assim que deixassem Deus seriam capazes de fazer o que quiserem, e começariam a fazer o mal a outras pessoas. Vai entender essa lógica certo?

Mas porque essa 'lógica' é falsa?

Muito simples. Primeiramente que a existência de milhares de ateus é justamente a prova de que eles estão errados. Se de fato não temos como saber o que é certo ou errado, então deveríamos ver um mundo muito mais violento e sangrento do que vemos hoje. As pessoas, os governantes, não teriam motivos para agir de boa fé e de forma altruísta, todos eles (sem exceção) seriam pessoas violentas, não respeitariam qualquer LEi ou Regra, estuprariam e matariam qualquer pessoa que quisessem. Estudar pra que? Pra que buscar uma vida melhor, mais digna?

Porém vemos um mundo bem diferente do que de fato demonstramos no paragrafo acima. A grande e esmagadora maioria das pessoas, querem viver bem com outras pessoas, querem evitar a dor e o sofrimento, e querem que suas necessidades sejam saciadas dentro dos 4 pontos que mencionados. A realidade nega a lógica de muitos teístas de que seriam más pessoas se deixassem de acreditar em Deus. E mesmo que digam que 'não existe uma bussola moral', também seria uma afirmação falsa e sem qualquer base para valida-la.

Falamos acima de como nosso cérebro funciona e trabalha, do qual, gera a convicção do que seria certo ou errado. Esse processo não depende de Deus, já que mesmo que ele exista, seria necessário este processo cerebral para que ficasse gravado em nossas mentes que aquilo que Deus quer é certo. De qualquer forma temos que nosso cérebro é o responsável por gerar a conexão com os objetos ao nosso redor e a nos adaptar ao ambiente da melhor forma possível, já que por regra o ser humano aprecia os benefícios de algo e rejeita os malefícios desse algo.

Outros aspectos da moralidade que muitos teístas ignoram

1. Se Deus existe, então deveríamos desde o momento em que nascemos, ter uma compreensão muito maior do que temos e vemos. Isso implica que nasceríamos sabendo o que é certo ou errado. Porém essa afirmação é totalmente falsa, isso porque nascemos narcisistas. Ou seja, com intenções de satisfazer somente nossas necessidades mais básicas, como a fome.

2. O fato de nascermos sem saber o que é certo ou errado, o fato de seguirmos nossas inclinações mais básicas desde os primeiros momentos de vida, demonstra que a ideia de Deus e a moralidade provida desta ideia, é algo que nos adaptamos com o passar do tempo, ou seja, não nascemos sabendo o que é certo ou errado.

3. Conforme o tempo passa nos adaptamos e vamos nos modelando segundo o ambiente ao qual nos encontramos, o que implica que através dos limites impostos, iremos nos adaptar as Regras e Leis deste ambiente, prova disso basta avaliar as Leis e Regras de cada país.

4. nos adaptamos ao nosso ambiente, e assim diversos processos cerebrais geram em nós, que não importa se as Leis e Regras são certas ou erradas, o que importa é se elas são necessárias. É aqui que o pensamento teísta ganha um nó. Como o mesmo está acostumado a pensar 'racionalmente' sobre a moralidade, o mesmo fica perdido quando falamos de necessidades e da forma como nosso cérebro se conecta e gera tais necessidades. Daí surge aquele pensamento ignorante de que não existe um bussola para dizer o que é certo ou errado, mesmo quando a bussola está na cara deles o tempo todo.

5. O fato de que com o passar do tempo, nos adaptamos e nos conectamos as ideologias ao nosso redor, demonstram que a necessidade de existir, a necessidade de fazer a vida ter algum sentido, demonstram que conforme o passar do tempo adquirimos e nos adaptamos a tais necessidades, e desta forma, racionalmente, compreendemos essas necessidades como obrigações, Leis e Regras (Essa é a forma racional), porém o que tem por trás de nossa racionalidade são justamente diversas necessidades.

Conclusão: A moralidade existe perfeitamente sem Deus, porém algumas pessoas são incapazes de aceitar isso.
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Item Reviewed: Segredos dos Deveres Morais Revelados Rating: 5 Reviewed By: Gabriel Orcioli