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terça-feira, 8 de setembro de 2015

Analisando os Erros de Cs Lewis sobre o Argumento Moral


    Muitos teístas afirmam equivocadamente  que os deveres morais apontam para a existência de Deus. Hoje, em especial quero avaliar o argumento moral proposto por CS Lewis, e mostrar alguns equívocos, baseado no argumento da ignorância que o mesmo propõe como não sendo uma falácia. O argumento é bem fundamento ao menos, porém as premissas não vão se sustentar como iremos ver. Confira o argumento:



      A partir da time line de 1 minuto, depois da explicação sobre nossos instintos, ou seja, CS Lewis demonstra que William Lane Craig está equivocado em afirmar que todos nossos deveres morais ou ao menos o que ele diz como 'deveres morais objetivos' provêm de Deus. Uma das razões é que CS Lewis não nega que diversos instintos , não precisem de Deus para serem explicados e muitos menos para que tomemos decisões. CS Lewis Afirma que Deus não é necessário para explicar a moralidade. O que nós ateus conscientes, já compreendemos a muito tempo.

     Se o que CS Lewis está propondo, então o argumento moral proposto por William Lane Craig corre sérios riscos.

    Não dá pra aceitar o que CS Lewis diz e ao mesmo tempo aceitar o que William Lane Craig diz. Devemos aceitar o que um ou o que o outro diz. Os dois argumentos diferem, no qual um diz que 'Deus é necessário para que a moralidade seja o que é' e o outro argumento diz 'Deus não é necessário para que a moralidade seja o que ela é. Deus é o responsável por decidirmos se o que fazemos é certo ou errado'.

        Segundo CS Lewis nossas Leis e Regras, nossa Ordem não foi criada por Deus, mas pelos homens. O que é uma afirmação interessante de ser feita por um teísta, principalmente por CS Lewis. Segundo a lógica de CS Lewis, Deus apenas 'influenciou' ou 'ditou' para o homem, quais comportamentos seriam certos e quais seriam errados. Essa tomada de decisão é a qual CS Lewis afirma como sendo a forma como Deus age através de nossos instintos.

       Ele diz: 'Suponhamos que você ouça o grito de um homem pedindo socorro. Provavelmente sentirá dois desejos, o de prestar socorro (que se deve ao instinto gregário) e de fugir ao perigo que se deve ao instinto de auto preservação'. - Podemos perceber que em nenhum desses instintos o mesmo diz que Deus é responsável por eles. O que implica que nossos instintos não precisam de Deus pra serem explicados. Assim como nós já explicamos anteriormente. Ou seja, dizer que Deus é o responsável pela moralidade da qual é baseada em questões sócio-biológicas, através da herança, através das necessidades do ambiente, assim como dos processos cerebrais que tornam essas Leis necessárias, não dependem de Deus - Mas, você encontrará dentro de si, além desses dois impulsos, um terceiro elemento que lhe mandará seguir o impulso de ajuda e suprimir o instinto de auto-preservação. Esse elemento que põe na balança os dois instintos e decide qual deles deve ser seguido, não pode ser nenhum dos dois - Óbvio.

     Está primeira parte é bem interessante. A pergunta que somos obrigados a fazer neste momento é: CS Lewis poderia explicar essa tomada de decisão entre os dois instintos e atribuir a um fenômeno compreensível ou tenderá a apelar a Deus para tal explicação?

     Por mais que essa pergunta pareça simples, ela tem o propósito de nos levar a compreender ainda melhor a resposta a qual CS Lewis propõe para a decisão de qual caminho iremos tomar. Como sabemos CS Lewis está falando sobre uma questão inconsciente e não consciente. Quando a decisão de fazer algo, como escolher o instinto gregário ou o de auto preservação, chega em nosso consciente, tal decisão já foi tomada inconscientemente. Neste ponto a decisão não é primeiramente consciente e sim inconsciente. Este ponto é bem óbvio e fácil de compreender.

    A proposta de Cs Lewis contêm diversas falhas, porém irei falar da falha principal no que CS Lewis propõe. Utilizarei o mesmo exemplo que ele, porém utilizarei diversas pessoas diferentes para um mesmo evento.

       Imagine que você está passando pela rua e ouve um grito de socorro, então você decide ajudar a pessoa. Vamos supor que outra pessoa (e não você) passe na rua e ouça o mesmo e decida fugir. 

       Segundo CS Lewis se é 'Deus' que pesa de alguma forma nesta decisão, obviamente, temos algo que contradiz o que CS Lewis afirma. De fato em todo o vídeo, não é explicado o porque de CS Lewis não explicar essa diferença. Lewis não explica este problema. Se Deus de fato é o fator por trás de tal decisão, pessoas diferentes não deveriam tomar a mesma decisão sempre?

      Compreendendo que se utilizarmos a pergunta acima, Deus não é uma resposta adequada para a questão, o que implica que outros fatores influenciam que cada individuo tome uma decisão de preservação ou ajuda. Alguns vão correr pois seu instinto de preservação é maior que o de ajudar, e outros vão tentar socorrer a pessoa ao invés de correr da situação. Se Deus for a resposta, obviamente então Deus seria responsável direto por alguém escolher fazer o mal, como Adolf Hitler. Já que a decisão de matar milhares de pessoas, era Deus que impulsionou .

      Um Segundo ponto ao qual algumas pessoas podem recorrer, é que Deus não é o responsável por tomar todas as decisões. Isso quer dizer que Deus deixa livre para o Diabo tomar tais decisões. Em outras palavras, não foi Adolf Hitler que fez a maldade, mas sim porque o Diabo tomou está decisão e Adolf Hitler agiu fazendo o mal.

      Porém compreendemos que as duas explicações (através de Deus e do Diabo) não explicam de forma alguma como decidimos. Outra forma de tentar responder ao problema de Lewis seria dizendo que em alguns casos Deus influencia na tomada de decisão e em outras, ele deixa que a herança, a biologia, questões sociais e suas influencias, a cultura, os processos cerebrais, nos levem a tomar tal decisão. Porém temos um problema com está afirmação:

     Deus claramente está impedindo o livre arbítrio, ou seja, não podemos tomar uma decisão por nós mesmos, Deus toma essa decisão e nós apenas concordamos conscientemente com elas.

     Neste sentido, a melhor explicação de forma lógica, é tirar Deus como responsável pela moralidade. O que implica que Lewis, por mais que ofereça um ótimo argumento, este argumento não aponta na direção de Deus e muito menos coloca Deus como o principal responsável pela moralidade. Na verdade, CS Lewis demonstrou que as implicações do próprio argumento vão na posição contrária a Deus. Porém, o mesmo argumento de Lewis pode ser utilizado contra Deus, como vimos.

      Neste ponto, dizer que Deus é o responsável por dizer qual instinto é certo ou errado, é simplesmente falsa, e carece em muito de informações confiáveis. Neste ponto, cade ao teísta apelar para o Argumento de William Lane Craig, porém CS Lewis com seu argumento demonstrou que o argumento de William Lane Craig não se sustenta.

     Então qual a resposta para esse 'problema moral'? Se nem CS Lewis e nem William Lane Craig estão corretos, quem tem a razão?

      Clique Aqui e descubra:

       (1) O porque os teístas falham em dizer que a moralidade sem deus é subjetiva.
       (2) Compreenda também como a moralidade se distingue e se torna parecida ou idêntica de cultura para cultura.
       (3) Compreenda o Progresso moral. CS Lewis defende em seu argumento, o que eu já venho defendendo a um bom tempo, ou seja, o progresso moral.
       (4) Compreenda a questão da herança de nossos antepassados e como influenciou em nossas escolhas.
       (5) Compreenda que a moralidade pode ser explica perfeitamente sem a existência de Deus.
       (6) Compreenda também o porque é uma besteira acreditar na frase 'Sem deus, não podemos saber o que é certo ou errado', 'Sem Deus eu serei uma pessoa má e praticarei o mal', e outras besteiras que temos que ouvir de diversos teístas e defendedores do argumento moral tendo Deus como responsável.

        Resumindo de forma simples, CS Lewis não faz ideia do que está por trás daquilo que diz, e por isso, por essa falta de conhecimento, então o mesmo afirma ser Deus. Isso é o que chamamos de Deus das Lacunas, ou seja, um bolso cada vez mais vazio. A utilização do argumento da ignorância. Uma falha no conhecimento do qual obriga a pessoa a aceitar o que supostamente não deveria aceitar como verdadeiro, sem possuir o embasamento necessário para isso. Quem diria que CS Lewis utilizaria o argumento da ignorância.





















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2 comentários:

Item Reviewed: Analisando os Erros de Cs Lewis sobre o Argumento Moral Rating: 5 Reviewed By: Gabriel Orcioli