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segunda-feira, 22 de junho de 2015

7 Dicas Para vencer William Lane Craig em um Debate



Acredito que faz 3 anos que venho acompanhando William Lane Craig em seus Debates, principalmente contra Christopher Hitchens. Hoje trago para vocês 7 dicas para vencer William Lane Craig em um debate. Espero que gostem:

1.    O Universo e a Causa Primária

Antes de existir a ciência como é nos dias modernos, o conhecimento era muito limitado. Basicamente a regra era ‘até aonde os olhos podem ver’.  Bem, como o povo daquela época fazia para explicar o universo?

Bem, baseado no conhecimento existente na época, basicamente qualquer resposta era provida do Argumento da Ignorância. Hoje, nós sabemos que nosso cérebro tem uma capacidade incrível e o mesmo nos leva a encontrar padrões mesmo que os padrões não existem ou nos leve a concluir algum padrão. É por causa de tal processo cerebral que muitas pessoas acreditam no destino, Deus, ou algo que possa explicar alguma coisa que não tenha resposta ou que seja a única resposta que pode ser aceita.

O Argumento da Ignorância pode vir em outros formatos como:

Ø     O Deus Dos Mistérios ou deus como um bolso cada vez mais vazio.
Ø     Destino.
Ø     A Melhor explicação ou explicar baseado naquilo que não conhecemos.
Ø     Admiração e a falta de compreensão da própria admiração.

Entre outras.  Vamos pegar a própria Bíblia por exemplo. No antigo testamento o povo de Israel utilizava com frequência o argumento da ignorância, para explicar a chuva como bençãos de Deus e a seca como ‘maldição’. Da mesma forma utilizavam deus para explicar o bem e o mal. Um exemplo bem simples, foi quando morreu cerca de 50 mil pessoas por causa de uma praga e o povo de Israel pelo fato de não terem o conhecimento sobre vírus e bactérias, logicamente procuraram a melhor resposta ou a única resposta que existia para o povo, ou seja, o Deus de Israel.

Porém Israel não está sozinho nessa, diversos outros povos também criarem seus próprios deuses, e os utilizavam para explicar o mundo a seu redor. De fato, mesmo antes de nos unirmos em enormes grupos e criar assim civilizações, o fogo, o ar, a chuva, o trovão, os raios, eram explicados de forma bem simples e adorados baseado na ignorância de tais indivíduos. Ao qual não podemos condenar visto que, eles não sabiam de nada além do que podiam enxergar.

De inicio, o que era aceito como verdadeiro, era que Deus criou tudo o que existe. Tal posição nada mais e nada menos é do que uma forma de utilizar o argumento da ignorância, visto que a palavra ‘Deus’ pode ser definida como ‘aquilo que não podemos explicar ou aquilo que admiramos’. Um dos exemplos de Admiração foi o próprio Aquino que olhava para o céu tentando entender e ficava maravilhado e em seu conhecimento limitado deduzia que deus deveria existir para explicar tal complexidade. Porém o mesmo não utilizava deus para explicar o ar que respirava ou para compreender a força da gravidade. Mesmo Aquino tinha certa dificuldade em relação aquilo que não conhecia ou sabia.

Um tempo depois Ateus começaram a afirmar que o universo era eterno e naturalmente se o universo é eterno deus não seria necessário. Porém muitos ateus não pararam para se questionar que tal afirmação não possuía base científica da qual um tempo depois, com a teoria do Big Bang, temos então uma base sólida para uma causa primária, sendo assim, os teístas agora possuem um forte argumento.

Porém o argumento Cosmológico não demonstra ou aponta na direção de deus. O Argumento demonstra que tem que existir uma causa para o universo.  As implicações do argumento Cosmológico nos informam que essa causa primária deve ser:

Ø     Atemporal.
Ø     Não causado.
Ø     Incrivelmente poderoso.
Ø     Está em todos os lugares.
Ø     Ilimitado em poder.
Ø     Eterno

Essas são as principais. Porém perceba que essas características são deverás parecidas com o deus Bíblico ou qualquer outro deus que também seja aceito como sendo a causa primária. Porém eis as outras características que demonstram que nenhum dos deuses se encaixam como a causa primária:

Ø     A causa primária não pode ser inteligente ou possuir conhecimento.
Ø     É infinita em tamanho.
Ø     Não possuí um banco de dados para guardar informação.
Ø     Se encontra em todas as teorias e ideias para explicar o universo.
Ø     Não pode ser pessoal.

Irei explicar a primeira e a quarta, pois a segunda e terceira serão explicadas separadamente em outro tópico. Tudo aquilo que possuí conhecimento ou inteligência, obrigatoriamente tem um inicio.

Também se encontra em todas as teorias que tentam explicar o universo, por exemplo, utilizando o Big Bang, naturalmente não pode ter acontecido do nada. Quando ateus ou cientistas utilizam a palavra ‘nada’ os mesmos cometem o mesmo erro dos teístas ao utilizarem a palavra ‘deus’ ou seja, estão se utilizando daquilo que não conhecem para dar segurança em relação aquilo que estão afirmando. O que nada mais é do que o argumento da ignorância. Para o bem deste argumento, vamos chamar a causa primária de ‘estrutura’ (por falta de um melhor nome).

Deus é descrito como ‘infinito em tempo’. Mesmo que a nossa noção de tempo se baseie exclusivamente em nosso sistema solar, isso não implica que o tempo também não passe para deus. O Cristianismo acredita que ‘1 dia para deus são que nem 1000 anos e mil anos como 1 dia’, o tempo para deus é relativo porém pode ser contabilizado. O que implica naturalmente quando utilizamos a palavra ‘eterno’ como uma de suas características. Obrigatoriamente deus viveu por um período infinito no passado e continuará a viver infinitamente.

Está gera uma falha em relação a necessidade de deus em criar os seres humanos. Deus não precisa de nós, nem para o adorar, nem para o amar. Se deus não precisa de nada, obviamente não precisa de nossa lealdade, bondade, amor ou ódio. Não precisa de luz, não precisa de um reino de ouro, prata, diamantes. Não precisa de anjos guardando cada pessoa e muito menos relatando em um livro tudo o que fazemos de errado para que no juízo final possa nos julgar. Se deus viveu infinitamente no passado em total escuridão, sozinho, a ideia de deus criar os seres humanos ou o universo por algum motivo pessoal, se torna uma ideia infantil e ignorante, o que implica que tal história foi criada com o intuito do ser humano encontrar um sentido de vida acima de si mesmo e acima de toda e qualquer autoridade. Desta forma o ser humano obrigar-se-ia a policiar-se em fazer o bem, caso contrário será julgado e condenado, sem direitos a recompensas. É como pais castigam crianças para se comportarem bem. A mesma ideia é passada para deus, já que segundo os teístas, homens não devem julgar homens, mas deus pode julgar homens.

Tenho que dar os parabéns em relação a ideia de deus, pois foi uma das primeiras Ordens e padrões utilizados pelos seres humanos em um período de total ignorância, para que os mesmo conseguissem viver melhor visando o bem da ideologia, de si mesmos e do grupo ao qual faziam parte. Lembrando que, naquele tempo, era muito comum guerras entre grupos e ideologias. A Guerra aumentava as chances de um dos grupos sobreviverem e reproduzirem, desta forma o grupo vencedor teria uma melhor qualidade de vida, aumentando assim o seu poder e influência. Não é a toa que muitos desses grupos tentavam dominar o mundo, sendo que o que mais chegou perto disso foi o Nazismo.

Nesta primeira parte temos que Deus não é a melhor explicação para nosso universo e tudo o que nele há. Se o mesmo conhece tudo e sabe de tudo, obviamente tal conhecimento teve um começo e se teve um começo então deus também teve um começo. A falta de Evidencias que colaborem com a afirmação teísta de que deus é a causa primária é o principal oposição contra a resposta de que ‘deus é a melhor resposta’. Alguém que possuí fatos e evidencias, não diz que deus é a melhor resposta, diz que ‘deus é a resposta’ ou ‘única resposta’. Os próprios físicos, cientistas e matemáticos trabalham em cima dessa questão em relação a uma causa primária e o Multiverso tem sido uma dessas explicações como veremos mais para frente.

O Argumento Cosmológico não aponta na direção de deus e muito menos serve para a existência de deus. Nada mais é do que a negação de um universo eterno e as características da causa primária que não estão de acordo com a ideia de deus.

2.  O Argumento dos Valores Morais

Este argumento é famoso e muito utilizado por William Lane Craig, o problema é que o argumento em si, é baseado na ignorância. Existem duas razões para isso:

(A)                  Nenhum teísta até hoje demonstrou como deus coloca esses valores em nós.
(B)                   É baseado ao observar que mesmo em diferentes nações, incluindo as distintas e que nunca tiveram contato entre si, possuem diversos valores morais parecidos, do qual muitos dizem que a melhor explicação (olha o argumento da ignorância de novo) seria Deus.

Sou muito grato ao esforço humano e a vontade de sempre progredir, se não fosse por isso, a própria ciência não existiria como é.

Fato 1 – Nascemos sem saber o que é certo ou errado

Cada bebê possuí uma programação básica. A partir do momento que passam a existência, somente a dor e o prazer são referências. Quando o bebê chora uma mãe sabe que tem algo errado. Este ‘algo errado’ é uma representação da dor, ou seja, pode ser fome, pode ser dor, pode ser por causa de necessidades biológicas como urinar ou defecar.

Quando o bebê recebe o que quer, vamos chamar isso de prazer, então tudo volta ao normal, já que aquilo que o incomodava não o incomoda mais, fazendo assim o bebê se sentir bem.
O prazer e dor, são as emoções mais básicas que pode ser encontrada em qualquer ser humano. Incluindo que tais emoções eram essenciais para nossa sobrevivência lá atrás, nos tempos das cavernas. A dor nos fazia evitar o perigo e o prazer permitia uma conexão com os objetos, animais e pessoas.

Nenhum ser humano nasce sabendo o que é certo ou errado. Este é o primeiro indicio de que a moralidade é algo que adquirimos conforme evoluímos, nos adaptamos e nos desenvolvemos baseado nas necessidades de nosso ambiente e nas regras já estabelecidas. Tais regras, serão aceitas como verdadeiras, pois elas serão implantadas em nossa estrutura primária. O que nos obriga a evitar quebrar a Lei ou  a Constituição. Porém existem muitas razões para quebrar a Lei, mas não é a maioria dos seres humanos que vivem quebrando a Lei.  

Fato 2 – Nascemos narcisistas

Muitos teístas utilizam uma posição de que o ser humano nasce ‘bom’, no sentido de ‘moralmente bom’. O fato 1 demonstrou que o prazer e dor, são a base de nossas emoções. Um bebê não se importa se sua mãe ou pai, estão atarefados, dormindo, cansados, exaustos, com dor de cabeça. Tudo, para o bebê, gira em torno de si mesmo e não em torno do próximo. O mesmo não nasce compreendendo o que é certo ou errado e nem o porque comportamentos que visam o bem de todos são melhores do que comportamentos que oferecem o melhor para si mesmo.

Conforme o bebê se desenvolve, estes comportamentos sociais naturalmente são integrados e estruturados em seu cérebro, desta forma gerando comportamentos que são aceitos como ‘corretos’ e aqueles que são aceitos como ‘errados’. Este segundo fato demonstra que a moralidade é provida de nossas necessidades com a necessidade do grupo em relação ao ambiente. Em outras palavras, se é necessário adaptações com o ambiente, naturalmente não nascemos com valores morais. Nascemos narcisistas.

Esses dois fatos são o suficiente. Compreendendo que a base Biológica em relação a sobrevivência, reprodução e qualidade de vida é a mesma para toda a espécie, então é de se esperar que mesmo em grupos distintos existam regras muito parecidas, mesmo que tal grupo seja canibal ou faça sacrifícios humanos. Porém isso é totalmente esperado, dado que dependendo da necessidade alguma tribo em algum momento, passou por uma necessidade, como um grande período de fome e assim teve que comer carne humana. Outras podem ter gerado crenças de que comer a carne de seus adversários lhe daria poderes e assim o canibalismo também poderia ter sido inserido em alguma tribo.

Também é esperado que para explicar o mundo ao redor, diversos povos antigos, tribos e homens das cavernas, em algum momento começaram a adorar o fogo, o trovão, os relâmpagos, entre outros, até compreenderem como fazer ‘pedidos’. Uma vez que um desses ‘pedidos’ tenham sido atendidos, então a crença se torna necessária, negando assim todas as vezes em que ‘pedido’ deu errado. Assim rituais e cultos foram criados, como os rituais do povo de Israel, do povo da Babilônia ou do Egito, entre outros. Tudo dentro do esperado.  Naturalmente valores morais são impostos nessas crenças que se tornam de vez ideologias.

Tais Leis e Regras contidas em qualquer ideologia, tem por base a sobrevivência do grupo que segue tal ideologia, a reprodução das pessoas do grupo com pessoas do mesmo grupo, e por fim, a qualidade de vida do grupo. Está é a razão de existirem tantas ideologias que se posicionam umas contras as outras. Não existe acordo, pois não vivem para o que é melhor para toda a espécie e mas sim, vivem apenas para o que é melhor para o grupo a qual pertencem.

Dada nossa necessidade de explicar as coisas, conhecer e saber como são feitas, isso permitiu o que chamamos de progresso. O progresso pode ser encontrado em basicamente qualquer área da qual os seres humanos façam parte. Além do mais temos em nós algo que se chama ‘Aversão a perda’. Isto nos permite evitar e negar algo inferior. Por exemplo, as Leis dos 10 mandamentos foram excelentes para a época de Israel. Porém não o é mais nos dias modernos. Isso porque uma vez que atingimos um nível de moralidade superior, não temos interesse para voltar a utilizar um moralidade inferior.  Para milhares de pessoas, somente em voltar a ter as regras dos 10 mandamentos como principal guia moral, uma aversão é gerada. Sabemos que a Justiça contida nos 10 mandamentos é falha comparada a Justiça que possuímos nos dias modernos.

A razão é bem simples, a Ordem atual sendo superior, aumenta a qualidade de vida, melhora a reprodução e a sobrevivência da espécie. Utilizar uma Ordem inferior, diminuiria a qualidade de vida, a sobrevivência e a reprodução. Como consequência teremos aversão ao que é inferior.

Porém, existe algo que pode fazer as pessoas buscarem e aceitarem como bom e positivo uma moralidade inferior as nossas Leis e regras modernas, a reestruturação da programação inicial. Quando éramos crianças, fomos programados segundo a necessidade de nosso ambiente. Porém, o ser humano por alguma necessidade, pode reestruturar sua base moral, principalmente se está convicto a favor de alguma ideologia. Um exemplo simples, pode ser baseado no cristianismo. Existem diferentes níveis de Cristãos, porém a maioria acredita fielmente que os escritos de mais de 2 mil anos atrás possuem uma moralidade e ética superior a que possuímos hoje em nossa Constituição e Lei. Essas pessoas foram reprogramadas para negar qualquer coisa que não esteja de acordo com o que acreditam. E é aí que mora o perigo. Uma vez que a base em relação a sobrevivência, reprodução e qualidade de vida, regride, milhares de pessoas são atingidas negativamente, e assim a intolerância, o fanatismo, o preconceito aumentam e se intensificam.

Sem contar que esses indivíduos vão querer impor sua vontade na Ordem atual, fazendo assim a Moralidade moderna, voltar a ser o que tais indivíduos querem.

Eis algumas acusações teístas sem sentido:

(A)  Sem deus, tudo é permitido.

Essa frase está errada visto que não leva em consideração questões biológicas, psicológicos e muito menos os processos cerebrais. Uma vez que o ser humano é programado a agir de determinada maneira, este tenderá a seguir este caminho. Portanto não importa se Deus existe ou não existe, com Ele ou sem Ele, jamais tudo seria permitido. Para que ‘tudo seja permitido’ é necessário que a estrutura de certo ou errado de cada individuo, seja reprogramada para o bem de si mesmo ou o bem do grupo ao qual pertence. Enquanto o individuo possuir uma programação voltada para a sobrevivência, reprodução e qualidade de vida da espécie como um todo, o mesmo se manterá na linha, evitando a dor para toda a espécie (na medida do possível) e aumentando o prazer (qualidade de vida) de toda a espécie na medida do possível. O fato é que, a partir do momento que nascemos, somos programados a viver. Isso implica que naturalmente, vamos procurar uma determinada ordem que permita que possamos viver por um longo período de tempo.

Essa programação não é perfeita, desta forma existindo uma menor parte de nossa espécie que pratica justamente aquilo que é bom para si mesma ou para o grupo ao qual pertence. Não é uma questão de Deus, mas sim de como somos programados através de nosso ambiente, desde o momento em que estamos dentro da barriga de nossas mães. Isso não acontece somente com os seres humanos, mas também com os animais. Essa ideia de que sem deus tudo é permitido, nada mais é do que besteira e principalmente uma utilização do argumento da ignorância.

Vamos supor que deus não exista. Naturalmente para um teísta os valores morais objetivos não existem. Logicamente na mente deles, as pessoas se tornariam más e começariam a praticar a maldade, visto que não possuem uma base para saber o que é certo ou errado. Analisando o mundo moderno, milhares de pessoas são ateus. Logicamente espera-se que esses ateus sejam pessoas ruins e más, pois não vivem de acordo com as regras e Leis divinas. Porém, a grande esmagadora maioria dos ateus não praticam a maldade, e tentam respeitar as Leis e os Direitos do próximo, mesmo que não concordem com eles.

Temos um comportamento ao qual demonstra que a acusação teísta de que sem deus tudo é permitido é falsa. Não importa se deus existe ou não, as pessoas a partir do  momento que aceitam uma Ordem como Lei, elas vão evitar quebrar essa Lei e Ordem. Os Sentimentos e Emoções para fazer o bem a toda espécie é maior do que o bem para si mesma ou do grupo que pertence. Se fosse o oposto, ou seja, o sentimento de que o bem para si mesmo ou para o grupo ao qual pertence tem maior importância e valor que o sentimento para o bem de toda a espécie, então teremos justamente o que encontramos na Bíblia, e em diversas outras ideologias.

(B)    Sem Deus é impossível dizer que algo é certo ou errado, tudo é subjetivo e você pode matar quem você quiser. Não tem como dizer se é certo ou errado.

Primeiramente que este tipo de posição também é baseada no argumento da ignorância. Em segundo lugar não tem sentido algum a não ser é claro o da necessidade de impor que deus é necessário para que façamos o que é considerado como certo. Inclusive alguns teístas hoje dizem que é possível alguém fazer o bem sem ter deus, o que é um grande avanço comparado a algum tempo atrás.

A frase em si é a negação de nossa base através da dor e do prazer. Perceba que se não fosse por essa base, nós não estaríamos aqui. Se é dito que sem deus não podemos saber o que é certo ou errado, então não seria necessário existir uma base através da dor e do prazer. Ou seja, a conexão moral viria diretamente de deus, porém não é bem assim que acontece.

Uma vez que se adquire determinada Ordem, está ordem é estruturado no ser humano. Porém este progresso tem algo interessante:

Ø     O bem para si mesmo e para aquilo que acredita em determinado grupo
Ø     O bem maior, que visa o bem de toda a espécie.

Uma pessoa da qual o sentimento a favor do bem maior, que visa toda espécie, tem maior valor que o bem de si mesmo ou para a ideologia ou filosofia que se acredita, isso quer dizer que a pessoa irá evitar matar, roubar, ou fazer basicamente qualquer mal ao próximo, porém o bem para si mesma ou para aquilo que acredita, pode e irá gerar a intolerância, o preconceito, o fanatismo, levando assim a pessoa a infringir a Lei e a quebrar a Ordem.

Não é necessário deus para dizer se algo é certo ou errado, basta ser humano. Outro ponto importante é que nossas emoções quando ultrapassam o limite que podemos controlar conscientemente, pode modificar nossa base do que é certo ou errado. Por exemplo, quando estamos com raiva e ódio de alguém, nosso sistema do que é certo ou errado, pode ser afetado ao ponto de o certo ser fazer a maldade a alguém. Da mesma forma quando a empatia e o amor ao próximo, nos leva a fazer a bondade ao próximo. Mesmo que os teístas tentem não podem fugir da base do ser humano. Se de fato deus fosse a base para saber o que é certo ou errado, não precisaríamos de emoções. O que naturalmente nos permite sobreviver, reproduzir e procurar melhorar a nossa qualidade de vida.

Tire a dor e o prazer, e não existiria humanidade, principalmente como ela é nos dias de hoje. Essas são as objeções principais, principalmente quando lidam com o ateísmo. Eles dizem que não existe uma base moral e que tudo é subjetivo, porém ignoram completamente como somos estruturados e muito menos se preocupam com os processos cerebrais dos quais sem eles não saberíamos o que é certo ou errado. Uma vez que se adquire determinada ordem, a aversão nos impedirá de voltar a agir como antes. Mesmo que em muitos casos pensemos em fazer o mal a alguém, iremos evitar a praticar o que é considerado mal ao próximo, ou seja, seguiremos a Ordem estabelecida, seja ela subjetiva ou não.

3.     O Ajuste Fino

O Ajuste fino é um argumento muito interessante e não aponta na direção de deus como muitos teístas dizem. Geralmente utilizam números dos quais se mudassem uma pequena porcentagem ou quantidade, tudo daria errado.

Basicamente o argumento do ajuste fino pode ser encontrado no argumento da ignorância que se utiliza da admiração para se chegar em alguma conclusão. É baseado na ignorância por dois fatores:

(A)                  O fato de não saberem se existem outros universos, visto que somos limitados, ou seja, nossa visão em relação ao universo vai até determinado limite, não sabemos nada além deste limite.

(B)                   Não compreender como tal ajuste veio a acontecer.

Fato é que no momento somos limitados a compreender e lidar com o ‘não sabemos ainda’ para muitas pessoas é em muito complicado lidar com isso.

O Multiverso é o principal argumento contra o argumento do ajuste fino, ou seja, se existirem uma quantidade de universos que não podemos contar ou saber ao certo, então nosso universo não está ajustado para a vida. A Objeção teísta, como o próprio William Lane Craig diz em seu debate contra Christopher Hitchens é ‘não existe evidencias ou formas de ser comprovado’. Temos novamente o argumento da ignorância e também o do Deus dos Mistérios, ou seja, como a ideia não pode ser comprovada no momento, o mesmo leva a alegação de que deus é necessário, enquanto não sabemos mais sobre o multiverso. Em outras palavras, deus é visto como um bolso cada vez mais vazio.

Existe algo a qual leve os cientistas a dizerem que o Multiverso é tão real quanto nosso universo?

A Teoria do Big Bang no leva a concluir que sim. Se existe uma estrutura da qual o Big Bang, então naturalmente em outros lugares desta mesma estrutura outros Big Bangs podem ter ocorrido. O que nos leva a dizer que o Multiverso tem uma base sólida e plausível com os fatos.

Qual a objeção teísta em relação ao Multiverso neste caso?

Fazem alegações de que existe uma suposta máquina que cria e gera oo universos, do qual uma vez que o universo vem a existência, essa máquina não tem mais contato com o universo. Porém, essa máquina que chamamos de ‘estrutura’ não funciona desta maneira. Já que se funcionasse assim, poderia ser considerada como ‘deus’, assim como os teístas fazem e isso não levaria a lugar algum. Além do mais com está visão teísta, naturalmente obriga a tal máquina a ter um Criador.

Essa estrutura está mais para algo próximo ao corpo humano. Permita-me explicar melhor. Imagine que nosso universo seja uma célula no corpo humano. Cada célula pertence a estrutura principal da qual forma o corpo humano. Agora imagine que o corpo humano fosse infinito em tamanho. Bem, essa é a ideia. Cada universo pertence a essa estrutura, ou seja, não está ausente ou fora da estrutura.

Qual a objeção contra isso?

Alguns teístas dizem ‘porque um universo não surge agora, do nada, em minha frente ou em nosso universo?’

A resposta é muito simples. Porque não existe as condições primordiais para a existência de um universo. Vale lembrar que quando utilizam a palavra ‘nada’ se referem a algo que não compreendem, em si a pergunta nada mais é do que uma falácia através da ignorância.

Mesmo que exista um único universo, e que a matemática seja precisa que leve muitas pessoas a acreditarem que é necessário um deus para explicar, isto não se remete de fato a realidade.

Visto que estamos aqui o universo não foi feito para nós. E se de fato o fosse, pra que criar um universo¿ Bastava criar um sol, a lua e a terra e pronto. Não é necessário criar um universo. Além do mais quando observamos o nosso universo, compreendemos que o mesmo está indo diretamente para sua destruição. A vida, inexiste na maior parte de nosso universo. Dizer que o universo foi preparado para nós é um ultraje a inteligência e ao conhecimento.

A Própria terra, demonstra que não há muito tempo atrás a vida como conhecemos, não tinha condições de existir. O que demonstra que nem mesmo a terra é a favor do ajuste fino. Foi necessário que as condições terrestres mudassem para que fosse possível que a vida surgisse como a conhecemos hoje.

Não vejo razões para admirar tanto assim a precisão de nosso universo, tanto porque ainda somos crianças, não vemos nada além de nosso limite e isso gera medo, insatisfação e principalmente uma necessidade de explicar o que não conhecemos ou sabemos. O Multiverso é muito plausível, uma estrutura também, o universo não foi feito para nós e a própria terra demonstra que nem sempre foi habitável. Temos as indicações necessárias para concluir que a precisão de nosso universo, não tem como foco os seres humanos. Talvez muitos dos seres humanos querem tanto que suas crenças se tornem verdadeiras, que ver o universo como é, não os satisfaz. Porém admiro essa busca, pois é necessária para que o conhecimento e o progresso continuem em frente.

O Duelo entre existência ou inexistência de deus, permitiu a humanidade a dar um enorme salto em direção a verdade, ao conhecimento e principalmente a desvendar mistérios. Neste sentido é positivo a discórdia, porém na questão de crença e de necessidade de impor o que se acredita, estão do lado errado da equação.  

4.      O Infinito não é apenas uma ideia

William Lane Craig em seu debate contra Christopher Hitchens, declara que ‘o infinito é apenas uma ideia, não é real’. Porém o próprio William Craig não tem problema em dizer que ‘deus é infinito em poder’. Bem, se o infinito não é real, a segunda frase de Craig claramente contradiz a primeira.

Além do mais vale lembrar que o mesmo afirma que deus é eterno, então temos mais uma afirmação de que os infinitos existem. Porém quero responder a uma pergunta de Craig que acredito ser muito interessante: Quanto é infinito menos infinito?

Infinito menos infinito é igual a N. Não é porque a subtração é entre números infinitos que o resultado final será exatamente um número esperado. Para isso é preciso discriminar qual valores são incluídos na subtração.

Outro exemplo fácil e simples de entender de como o infinito é algo real, basta lembrar que o universo continua em expansão. Porém em que direção o mesmo está indo? Não existe em cima, em baixo, esquerda ou direita, então para onde o universo está se direcionando? A resposta é óbvia, em direção ao infinito. Visto que a estrutura é eterna, logo é infinita.

Mesmo que nossa imaginação não seja capaz de compreender o infinito, não significa que o mesmo seja apenas uma ideia e nada mais. Tanto porque logicamente e racionalmente, o infinito é algo plausível e de fácil compreender.

5.   Não existe um deus totalmente bondoso

Após milhares de anos o ser humano demonstra sua capacidade de impor que suas necessidades se tornem realidade. O Mundo hoje se encontra em um ponto de mudança. Em alguns lugares essa mudança já ocorreu, em outros ainda está para ocorrer, mesmo que demore um pouco.

O Mundo hoje se preocupa e muito com a qualidade de vida de nossa espécie. Isso mesmo. Qualidade de vida. A Ideia de um deus que pratica a maldade gera aversão até mesmos em cristãos fiéis. Para eles, mesmo que sejam inapropriado acreditar em um deus totalmente bondoso, mesmo assim continuam a acreditar.

Isso porque no passado um deus totalmente bondoso não existia. Vamos pegar como exemplo a própria Bíblia. Na Bíblia existem diversas passagens, principalmente no antigo testamento de que deus é tanto responsável pelo bem quanto pelo mal. A principal evidencia Bíblica para esse caso é justamente arvore com o conhecimento do bem e do mal. Somente alguém que controla tanto o bem quanto o mal é capaz de colocar o mal e o bem dentro de uma árvore.

Essa ideia de um deus totalmente bondoso não existia na crença do povo de Israel. Essa ideia surgiu depois, justamente com a vida de Jesus Cristo. Até então, a ideia de um deus totalmente bondoso tinha pouca ou nenhuma influência sobre o povo de Israel. O Bom também é que com os relatos de Jesus, o Cristianismo se diferenciou das demais crenças e assim criou sua própria ideologia, ou melhor ‘nova’ ideologia.

Quando um teísta diz que deus é totalmente bondoso, o mesmo tem enorme complicações com o antigo testamento. Deus no Antigo Testamento é como um Ditador e  o Deus no Novo Testamento é visto como um Hippie que deseja apenas paz e amor.

Por causa disso, ou seja, por causa da crença em um deus totalmente bondoso, os teístas negam o que tem de ruim e de maldade por parte de deus para que a ideia de um deus totalmente bondoso possa continuar viva. Como disse antes, um deus que faz a maldade nos dias modernos, faria até mesmos os cristãos mais fiéis se afastar do cristianismo. É natural que lutem com todas as forças para justificar suas crenças. E a pior parte é que eles pensam que estão certos.

Vamos a um problema que demonstra justamente está posição: A Escravidão.

A escravidão é ruim não importa em que local. Nós compreendemos que até na Bíblia a escravidão é algo ruim, porém não é bem assim que os teístas defendem essa questão. Geralmente a desculpa deles é que ‘a escravidão na Bíblia não era bem assim’ e tentam demonstrar que era mais como um ‘contrato’. Permita-me lembra-los que a palavra ‘Escravidão’ não vem juntamente com um contrato.

Ser escravo significa pertencer a alguém. Ser comprado com ouro, prata, bronze ou trocas. Se tornar escravo por causa da cor, das guerras ou por necessidades. Ser escravo é não ser dono da própria vida, desta forma outro ser humano é dono da vida de seu escravo.

Aqueles teístas que dizem que a escravidão era parecida com os contratos de trabalho de hoje em dia, deveriam se envergonham de tanta ignorância. Eu, que tenho um contrato assinado, posso me demitir, deixar de trabalhar e ir embora. Não existe nenhum contrato ao qual diz que meu chefe é meu dono e pode fazer o que quiser comigo. Além do mais não tomo chicotadas de meu chefe por fazer um mal serviço ou deixar de fazer alguma coisa que supostamente eu deveria fazer. Não sou ofendido. Não sofro assédio e muito menos sou estuprado. Trabalho cerca de 8 horas por dia, do qual se eu fosse escravo poderia trabalhar até 18 horas por dia ou mais. Não teria os cuidados médicos apropriados e muito menos receberia um salário.

Se alguém ainda acredita que a escravidão é como um contrato trabalhista ou que ‘não era bem assim na Bíblia’ crie vergonha e alimente os fatos e não as mentiras. A Bíblia demonstra que existia 3 tipos de formas de alguém se tornam escravo:

(A)                  Por intermédio de necessidades envolvendo a sobrevivência. Então a pessoa se vendia como escravo ou vendia alguém da família.
(B)                   Por meio de guerras. É óbvio, o povo dominado se sujeitava ao vencedor da batalha.
(C)                   Por outros meios como cor, língua, país, etc.

Além dos textos dos quais afirmam que Deus faz o mal e também o bem, existem as questões de guerras e das ordens divinas que em muitos casos são bem embaraçosas de dizer que deus é totalmente bondoso.

Cerca de 25 Milhões de pessoas morreram em cerca de 4 milênios nas mãos de deus, segundo os relatos Bíblicos. O que os teístas dizem sobre essa questão?

É óbvio que mesmo em meio a tantos fatos demonstrando Biblicamente que um deus totalmente bondoso é apenas uma ideia sem base, eles ainda vão continuar a acreditar em um deus totalmente bondoso. Além do mais que os teístas mais ignorantes acreditam que Gênesis 1 é uma demonstração de que nós fomos criados ‘bons’. Apenas um comentário rápido sobre essa questão é que, se de fato fomos criados bons, então os animais, o ser humano, não são diferentes de uma pedra, da terra ou das nuvens, já que em gênesis 1 deus diz que tudo o que criou era bom. Isso porque muitos teístas (os que possuem menos conhecimento) raramente respeitam as regras de interpretação. A palavra ‘Bom’ em gênesis é utilizada como ‘satisfeito pelo que fez’ é o mesmo que sua mãe preparar o almoço e dizer ‘como ficou bom’. Ela demonstra satisfação pelo que fez.

Além do mais, se de fato fomos criados ‘bons’ então no relato da árvore com o conhecimento do bem e do mal, não seria necessário possuir o conhecimento do ‘bem’, pois todos, incluindo pedras e animais foram criados bons. Isso nos levaria a dizer que ou deus é muito estupido ou é ignorante. Porém para evitar está afirmação basta compreender que nem os animais, nem o homem e muito menos as pedras, a terra, a água, as nuvens, foram criados sabendo o certo ou errado e muito menos criados como ‘bons’.

Basicamente, o único lugar de onde sai a ideia de que deus é totalmente bondoso é do Novo Testamento, visto que o Antigo em nada Colabora nesta questão com o Novo Testamento. Inclusive Jesus não era tão bom assim. Um dia Jesus teve vontade de comer frutas, se aproximou de uma árvore e a amaldiçoou por não ter frutos, o que é bem estranho pois:

(A)                  Não era o tempo de colheita e de frutos
(B)                   Se ele amaldiçoou a árvore, quer dizer que ele tem a capacidade de fazer o mal a árvore, porém não é capaz de criar um fruto ou permitir que a árvore dê frutos antes da época. Mesmo que seja capaz de transformar o vinho em água, ressuscitar pessoas dos mortos, andar sobre as águas.

Em outra ocasião uma mulher deu tudo o que tinha para Jesus, somente duas dracmas. Jesus então deu o discurso mais cruel de todos os tempos dizendo que tal mulher deu mais do que todos, pois deu tudo o que tinha. Tal discurso é utilizado até hoje para conquistar dinheiro dos fiéis. Além do mais, que para os olhos dos menos afortunados, está história pode passar em branco, porém lembre-se que, essa mulher voltou pra casa, ficou sem o que comer, ficou dependendo de favores. Jesus em todo o seu conhecimento e poder, não transformou as moedas em várias moedas como fez com os pães e peixes e muito menos disse, ‘leve essas moedas contigo mulher, você precisa delas mais do que eu preciso’.

Quando paramos para pensar nessas questões compreendemos que Jesus não era um deus tão bom assim quanto os cristãos dizem.

Fato é que, não existe uma base para um deus totalmente bondoso, a não ser para preencher as necessidades de milhares de pessoas que necessitam de um deus totalmente bondoso para suas vidas terem algum sentido.

6.      A Ressurreição de Jesus e a Tumba Vazia

Muitas pessoas cometem um grande equivoco de utilizar a Bíblia como se fosse inteiramente verdadeira. Eles se esquecem que existem partes que demonstram o que realmente se passou com o povo de Israel  e principalmente demonstra a forma como o povo utilizava a palavra ‘deus’ basicamente para tudo. Essas pessoas leem tais versículos de forma literal e acreditam fielmente em cada palavra e vírgula ali contidos.

Desta forma os relatos se tornam todos verdadeiros e impossíveis de que os fatos demonstrem que a pessoa esta equivocada. A crença cega a pessoa para a verdade.

William Lane Craig é um desses. Para ele a ressurreição de Cristo aconteceu, assim como a afirmação da Tumba Vazia. Existe diversas formas de dar pouco ou nenhum crédito a tais afirmações.

(A)      As divergências entres os evangelhos

Um dos pontos que os teístas tendem a ignorar para validar seu argumentos são os pontos de divergência. Em outras palavras, eles pegam os relatos que mais se reptem entre os evangelhos e assim criam uma história que se torna plausível e aceitável.

Porém fazendo isso, entra diretamente em dois problemas, sendo o primeiro deles que os evangelhos entram em contradição e mentem diversas vezes. Demonstrando que existe sim falhas e erros quando comparamos os evangelhos em relação a mesma história. Uma desculpa muito utilizada é que ‘nem todos os evangelhos lembram da história da mesma forma’. Com essa frase em mente começam a explicar como duas pessoas podem lembrar de eventos diferentes, e assim podem cometer erros sobre o mesmo evento.

Porém está posição é falsa quando observamos os fatos. Se temos fatos podemos comparar as histórias e chegar a alguma conclusão. Neste caso, em relação a ressurreição entram os pontos de divergência, que dizem que, se utilizarmos os pontos de divergência, será impossível compreender qual história é verdade ou falsa. Quanto mais um determinado evento é importante, menos divergências eles possuem. Isso quer dizer que um mesmo evento pode ser relatado de forma diferentes, com palavras diferentes e com observações diferentes, porém a história central em ambos os pontos mesmo que diferentes, serão idênticas.

Isso quer dizer que se Jesus apareceu para todos os discípulos, todos devem comentar sobre a história ou relatar a história, tendo o assunto central sendo o mesmo. Porém, o que encontramos é que, em certos evangelhos nem é mencionado tal aparição enquanto em outro evangelho é mencionada tal aparição. A omissão de um evento de tamanha magnitude, não seria ignorada em nenhum momento em nenhum dos quatro evangelhos, porém mesmo assim omissão e histórias centrais equivocadas encontramos com frequência.

Não dá pra confiar em tais relatos. Se o policial tem 4 histórias para apurar e uma delas diz que um homem ressuscitou, a outra diz que não viu nada, e as outras duas contam parcialmente sua versão, o investigador não poderá prosseguir com o caso. O que os teístas neste caso fazem é utilizar uma história como verdadeira, mesmo que seja óbvio que não deveriam fazer isso.

(B)  Os relatos dos evangelhos nos oferece pouca base para acreditarmos em tais eventos

A Morte de Jesus na cruz é algo muito interessante. A Mesma história central é relatada por diversos dos discípulos de forma diferente mesmo que ambos ou mais deles estivessem no mesmo lugar na hora da crucificação.

Ø     Mortos ressuscitaram e saíram contando as boas novas do senhor pelo meio do povo.
Ø     As rochas se fundiram.
Ø     Houve um grande terremoto. O que se de tivesse ocorrido teria derrubado as casas de barro e pal, porém não foi o que aconteceu.
Ø     O sol escureceu.

Nenhum desses relatos tem suporte histórico fora da Bíblia. Porém se alguém tiver alguma informação é bem vinda.

Não há duvidas de que os evangelhos omitem e exageram em seus relatos, tornando assim praticamente impossível acreditar que tais milagres de fato ocorreram. A Morte de Jesus, a Ressurreição de Jesus e sua Ida em direção ao paraíso, são todas relatadas com mistérios, divergências, e exageros.

( C) Utilizando o restante da Bíblia como Base para negar os evangelhos

Fato é que a Bíblia está cheia de mentiras e contradições. A Bíblia se diz perfeita, que não falha, e que não possuí nenhum profecia que nunca se cumpriu, exceto que existem cerca de 300 profecias que jamais vão se cumprir. Em respostas alguns teístas dizem que ainda vão se cumprir, o problema é que profecias direcionadas a Babilônia não podem se cumprir, visto que a Babilônia deixou de existir a milênios atrás.

Porém entre tantos problemas que a Bíblia apresenta o que mais me chama atenção é a mentira da virgem. Poucos sabem mas a história da virgem Maria nada mais é do que um erro de interpretação de Isaías 7. Desta forma uma virgem ganhou vida no novo testamento. Para piorar Lucas que era um médico em sua época, simplesmente omite essa informação em seu relato. Vamos ser honestos, um médico para acreditar que alguém nasceria de uma virgem, teria que ser muito inocente.

Existem muitos outros problemas que envolvem a credibilidade da Bíblia e de seus textos, inclusive em relação ao nascimento de Jesus. Sem contar que não existe como comprovar que José não teve relações sexuais com Maria.

Bem, concluindo, analisando todo o contexto Bíblico, analisando o que dizem sobre os relatos da ressurreição, me desculpe se sou cético. Existe tantas setas apontando para ‘é uma mentira’ que torna praticamente impossível aceitar como verdadeiro tais relatos.

A história comenta que os discípulos queriam espalhar o advento das boas novas ao redor do mundo. Naturalmente após a morte de Jesus é muito provável que os discípulos começaram a serem perseguidos, não por pregarem a verdade, mas por iniciativa de tentarem calar essa nova ideologia que estava sendo inserida no meio judeu, acabando assim com os bons costumes da época. É a velha tática de ‘corte a cabeça da cobra, que o corpo também morrerá’. O Medo dos discípulos e a luta para continuarem vivos, foi o que os motivou a saírem de onde se encontravam. Se o mestre deles foi morto da forma que foi, eles seriam os próximos. Foram perseguidos por toda a parte. Não morreram para espalhar o evangelho, mas sim por ser natural lutarem pela própria vida.

Está história faz muito mais sentido do que dizer que os discípulos começaram a acreditar na ressurreição de jesus e saíram espalhando sobre a ressurreição de Cristo. Esses discípulos com Cristo já faziam suas jornadas. Nem sempre estavam com Jesus. Eles continuaram a espalhar o evangelho, pois virão que a morte de seu mestre não deveria ser em vão.

O Mesmo aconteceu com diversos outros mestres na história, principalmente Buda. OS discípulos continuaram seu legado, independente da morte de seu mestre. Existe uma necessidade de quem acredita em algo, tentar espalhar o que acreditam ao mundo. Tais pessoas fazem isso por prazer e obrigação. Eles acreditam que possuem a verdade e que as pessoas devem ser convencidas para essa verdade.

Porque os discípulos de Jesus foram perseguidos e mortos se o que pregavam era uma mentira¿ Os discípulos não acreditavam que era uma mentira. Porém veja por outro lado, existem milhares de deuses. Sabendo que é necessário somente um deles como verdadeiro, implica que milhares de deuses são falsos. Se é uma mentira então porque essas pessoas acreditam em um deus falso¿ Esse tipo de argumento é utilizado com frequência pelos teístas para afirmar que os discípulos saíram pregando a verdade, ao invés de aceitarem o óbvio que os próprios discípulos não sabiam se era verdade, mas acreditavam que era verdade. Assim como as pessoas acreditam em deuses falsos, de tal forma a afirmar que são verdadeiros.

Podemos perceber pela crueldade de algumas mortes, sendo elas crucificados de ponta cabeça. Para alguém ser crucificado ao invés de ser morto enforcado ou morrer pela espada, é necessário que alguém queira passar uma mensagem, ou seja, qualquer pessoa que se unir a heresia deve morrer. Os discípulos, Simplesmente foram perseguidos, e essa pode ter sido a razão de os discípulos terem se espalhados e se afastado de sua terra a qual seu mestre morreu. Não foram simplesmente levar as boas novas de cristo, mas também estavam fugindo, temendo a própria morte. Se eles não temiam a morte, então porque não ficaram por perto para ter o mesmo fim que Jesus?

Nem sempre uma única explicação é viável. Muitas vezes as respostas não são tão simples quanto imaginamos.

Dado a todas essas razões, não vejo qualquer motivo que me leve a acreditar que a ressurreição de cristo seja possível. A Tumba Vazia não faz diferença, já que teriam que demonstrar que a Tumba de fato estava vazia e que a história é verdadeira. Da mesma forma que o desenrolar da história não precisa deforma alguma dizer que Jesus ressuscitou dos mortos, além do mais, pegue os 4 evangelhos e as epístolas de Paulo, e compreenderá que nem mesmo as testemunhas oferecidas se tornam uma boa fonte para se basear a crença.

Se o teísta se diz racional, o mesmo deve compreender que sua crença, não se baseia em fatos e sim em duvidas. Analisando somente a Bíblia, vemos que as setas apontam para o ‘não é verdade’ do que para o ‘sim, é verdade’.

7.      O Argumento pessoal se baseia inteiramente na ignorância

A não muito tempo atrás, e ainda em muitas pessoas nos tempos modernos, acreditam que deus se conecta com elas de alguma forma. Elas ‘sentem’ deus. Existem diversas objeções ao argumento pessoal.

(A)    OS números não mentem

Existem Milhões de deus e todos são acreditados como verdadeiros, não importa a cultura ou o país. Pessoalmente, todos os deuses são verdadeiros para quem acredita neles. Cada pessoa sente deus de uma forma diferente. Sabemos que utilizando os argumentos teístas para a existência de deus, somente um deus é necessário. O que implica que Milhões de deuses são falsos.

Porém, aqui entra uma posição muito perigosa. É impossível saber qual deus é verdadeiro através do argumento pessoal. Se você for uma pessoa racional, vai compreender o que quero dizer.
Se alguém acredita em um deus falso como verdadeiro, e se alguém acredita em deus verdadeiro, será impossível saber qual o verdadeiro. Isso implica que tem algo mais acontecendo com os seres humanos que os levam a acreditar em alguma divindade.

(B)Os processos cerebrais que nos levam a crença em deus

Algo muito complicado dos teísta aceitarem é que, qualquer crença é falsa. Somente existem para dar algum sentido para que o individuo continue a sobreviver pela maior quantidade de tempo que puder, exceto por aqueles que preferem se matar ou a matar em nome de deus.

Isso implica que o mesmo processo é direcionado para ideias diferentes, tendo o mesmo resultado final. Como falamos anteriormente sobre questões de prazer e dor, desde quando nascemos aprendemos a ‘sentir’ o ambiente e através desse ‘sentir’ o mundo começou a fazer sentido. Isso implica que o que os teístas sentem em relação ao que acreditam é verdadeiro, pois se espera que nossos cérebros sejam capazes de gerar diversas crenças, como a crença que nossa mãe é nossa mãe ou que nosso pai é nosso pai. Nos conectamos ao mundo através do que sentimos.

Tudo ganha significado. Incluindo ideias. Ideias baseadas na realidade ou na imaginação, não possuem diferença. Tanto a Informação verdadeira quanto a falsa, podem e são processadas pela mesma estrutura. Para serem diferenciadas é necessário um processo em nossos cérebros que as separe. A crença, assim como o Sentido de vida, nada mais é do que um desses diversos processos cerebrais. Existem vários processos, os que lembro de momento são as associações, Aversão a perda, Sentido de Vida, Crenças, reconhecimento de padrões, entre outros.

Temos todas essa questões que são processos, porém o teísta ignora essa informação e diz que a conexão com deus é exceção. Dizem que a conexão com deus é algo sobrenatural e não natural. Quando comparamos essa crença a crença em Papai Noel, então eles mudam a estratégia e dizem que racionalmente deus é diferente do Papai Noel, mas esse que é justamente o ponto.

Se crianças acreditam que o Papai Noel existe, mesmo que seja uma mentira, temos a evidencia clara de que nosso cérebro não faz separação em relação a crença sobre o que é real ou imaginação enquanto não existir algo que separe imaginação de realidade. A criança sente o que um teísta sente em relação ao deus que acredita. Porém a criança cresce e descobre que Papai Noel não existe, e segue em frente com sua vida, porém quando um adulto tem tal crença em seu cérebro, é muito difícil que ele consiga se afastar dessa ideia. É necessário muito mais para se livrar de uma ideia quando se é adulto do que quando se é uma criança.

 Para uma criança deixar de acreditar no Papai Noel, basta ela ver que o Papai Noel é algum membro da família, porém para um teísta ver que aquilo ao qual acredita é falso é outra história bem diferente. E raramente são fatos que vão mudar a mente deles.

Levando em analise os dois pontos acima, devemos buscar compreender o cérebro humano e suas capacidades. É de valor inegável que o conhecimento acabe com as ilusões, mesmo que o conhecimento não tenha poder para fazer alguém se livrar das ilusões. O Cérebro humano é incrível, porém algumas pessoas fazem dele algo sem valor para que suas crenças continuem firmes e fortes. Além do mais vale lembrar que a forma como as pessoas se ‘conectam’ com deus, hoje, possuí diversas explicações.

O que a pessoa sente depende do sistema Límbico. O que a pessoa vê, depende do sistema de memórias e de armazenamento de dados. O que faz um teísta acreditar nas vozes que houve em sua cabeça ou nas imagens que vê, ou no que supostamente deveria fazer ou não fazer, demonstra que o mesmo tem enorme ignorância sobre como o cérebro de fato funciona.


Se o mesmo compreende como o cérebro funciona, o mesmo pararia de dizer e falar sobre tal conexão com deus. Porém peça para qualquer um deles demonstrar ou evidenciar a conexão e nenhum deles vai poder lhe dizer. Perceba também que os teístas afirmam essa conexão antes mesmos de terem qualquer fato ou evidencia a favor. Eles simplesmente acreditam na ideia, não importando se a ideia é falsa ou não. O que oferece evidencias de que ideias podem ser aceitas como verdadeiras mesmo quando são falsas. 
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6 comentários:

  1. Isso, cara. Agora vai lá e faça o que ninguém fez, vencer o Craig tendo ele à sua frente, devorando a sua lógica ao mesmo tempo em que sorri. Boa sorte, vc vai precisar.

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  2. REspostas ao ateísmo mandou uma resposta ao texto confiram: http://www.respostasaoateismo.com/2015/07/7-dicas-para-vencer-william-craig-em.html

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  3. Craig é fraco, qualquer estudante de filosofia o poe na lona

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  4. Craig é fraco, qualquer estudante de filosofia o poe na lona

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  5. Meu amigo, gostei da iniciativa. Mas, seu texto está encharcado de falácias, desde falácia genética, falácia do espantalho, apelo ao motivo em vez da razão, dentre outros. Abraço

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Item Reviewed: 7 Dicas Para vencer William Lane Craig em um Debate Rating: 5 Reviewed By: Gabriel Orcioli