Historicamente, a religião tem
sido um foco central das preocupações humanas. Mas agora, em grandes partes do
mundo desenvolvido, a religião se tornou secundária ou até mesmo irrelevante. A
Religião foi declarada falsa pela maior força de nossos tempos: a ciência. Debater
sobre religião, pode não ser a melhor opção. O Mistério, a admiração, e a
necessidade de encontrar respostas aonde ainda não existem respostas, fazem da
religião e da crença em Deus falsas, através do argumento da ignorância. É também importante compreender quais
necessidades levaram as pessoas à religião. Para que possamos reconhecer e
atender a estas necessidades sem uma estrutura sobrenatural.
4000 AC, Arnhem Land, Austrália.
Um aborígene Australiano pinta em uma rocha uma serpente. A chamada serpente
Arco-íris é uma parte central da religião aborígene. Está criatura e outras
serpentes aceitas como divinas são adoradas por terem feito tudo. As serpentes eram responsáveis por tudo,
também eram responsáveis pela chuva, pelo sol, pela coloração dos pássaros, e
também era necessário para saciar está divindade, fazer sacrifícios humanos. A
estrutura da crença dos primeiros australianos é quase idêntica a encontrada em
religiões primitivas em quase todo o lugar em nosso planeta. É como se o ser
humano, para explicar o mundo e seus acontecimentos, utilizassem sempre a mesma
lógica, a mesma ideia, a mesma estrutura. Cada cultura, criou suas mitologias,
é possível afirmar que as necessidades e os processos cerebrais humanos, levou
a criar divindades para saciar necessidades pessoais, envolvendo a duvida, a
ignorância, a admiração, a necessidade de sentido existencial, e etc. É um conjunto
de coisas que levam a crença em Deus. É um pacote, principalmente emocional.
A religião tem suas origens no
desejo de explicar um mundo muito confuso. Quanto mais voltamos no tempo, maior
era essa necessidade. A ciência não existia, e o que deduziam era baseado no
que viam. Desta forma, buscando encontrar padrões e assim explicar tanto o
mundo, quanto a morte, quanto as doenças, quando as coisas boas e ruins, que a
propósito os próprios humanos criaram a ideia de bem e mal baseado em si mesmo
e suas necessidades, demonstra que a religião não possuí uma base sólida.
Religião é uma projeção no mundo real de todo tipo de preocupações humanas. É uma
forma simples de explicar, o mundo e principalmente explicar de forma
equivocada o que não conhecem, não sabem ou possuem duvida. Religião, nos dias
modernos, não se baseiam em certezas, mas sim na duvida. Enquanto existir
duvidas, principalmente sobre os mistérios da vida, sobre o universo e o mundo,
a religião encontrará um lugar. Deus, é um bolso cada vez mais vazio.
Religião se torna o foco dos
rituais para agradar os Deuses possivelmente irritados e ao mesmo tempo, saciar
emocionalmente aqueles que acreditam nesses Deuses. A religião não compreende o
cérebro humano e seus diversos processos, aos quais geram diversas necessidades
como:
Ø
A necessidade de fazer parte de um grupo.
Ø
A necessidade de a existência ter um sentido
além de viver, comer, ter filhos e morrer.
Ø
O medo da morte e a necessidade e viver
eternamente – O terror da Morte e o Terror da realidade.
Ø
A necessidade de ser feliz.
Ø
A necessidade de encontrar padrões.
Ø
A necessidade de saciar as emoções.
Ø
A necessidade de não aceitar a frase ‘não
sabemos ainda’ como uma resposta insatisfatória.
Ø
A necessidade de evitar a duvida e ter certeza.
Ø
A necessidade de encontrar padrões no mistério e
no desconhecido.
Ø
A necessidade de lidar com um mundo cruel.
Ø
A necessidade de não se sentir sozinho.
Ø
A necessidade de impor que o que se sente é
real, quando aquilo que sentimos, tem a intenção de dar sentido e não de provar
a existência. É um processo cerebral.
Ø
A figura paterna de um pai poderoso.
Ø
A imaginação querendo fazer parte da realidade.
Ø
A necessidade de ajudar o próximo,
principalmente se este seguir a mesma religião ou ter a mesma crença (empatia
que qualquer ser humano tem é utilizada como algo provido de Deus).
Ø
A necessidade provida de que as pessoas devem
concordar com nosso ponto de vista.
Ø
A necessidade de se entregar totalmente a uma
causa (honra, moral).
Ø
A necessidade de seguir líderes e ter a vida
guiada por outros. Tal necessidade provida de uma imagem de alguém ou alguma
coisa superior em muitas características e requisitos.
Ø
A preocupação com o bem estar do próximo e de
nós mesmos.
Ø
A necessidade de aliviar as frustrações, as
dores e os males da vida.
Ø
A necessidade de culpar alguém pelas injustiças
e sofrimento que nos cercam.
Ø
A necessidade de ter um porto seguro, que seja
superior a qualquer problema ou conflito.
Ø
A necessidade de ser especial e necessário.
Ø
A necessidade de buscar a felicidade e encontrar
objetos que saciem está necessidade.
Ø
A necessidade de compreender a própria
existência e descobrir de onde vem.
Entre outros. Deus, é um pacote
para aquele que acredita. É uma forma de saciar as necessidades mais básicas
dos seres humanos. Acreditar em Deus pode ser mais complexo que acreditar em
Papai Noel, porém possuí os mesmos processos e a mesma base. A diferença é que
Deus é uma crença para lidar com as necessidades dos adultos, enquanto Papai
Noel é a necessidade infantil de saciar suas necessidades. A ideia é a mesma, o
que muda é a complexidade da crença e as necessidades humanas.
Do estudo das religiões
primitivas, chega-se à compaixão pelos terrores e confusão que foram
responsáveis pela geração das crenças modernas e pela assustadora ignorância em
que nossos antepassados estavam fadados a viver. A Lua vermelha era um sinal
dos deuses, quando de fato é um ato natural. Cometas se tornaram entidades.
Acontecimentos naturais como a chuva e a seca eram vistos como providos de
alguma divindade, quando de fato, era algo totalmente natural (essa era a
crença do povo de Israel descrito na Bíblia, utilizando a ignorância para
explicar o que não conheciam). A base da religião é a ignorância, o medo, a
esperança e principalmente algo que nos acalma. Mas a religião também chega ao
respeito pela nossa própria engenhosidade psicológica em muitos casos. Pela
nossa esperteza em criar histórias para nos acalmar ou gerar medo. Manter a
comunidade unida e lidar com o desconhecido.
400 A.C.,Kushinagar, índia. Um príncipe
filosófico e bom, Siddhãrtha Gautama, morre. O seu outro tírulo, Buda,
significa despertado ou iluminado. Ele ensina a seus seguidores que em breve
seriam milhões a esperar sofrimento constante na vida, mas também a tentarem se
livrar das suas consequências imediatas e os espasmos ansiosos que os budistas
chamam de ‘A mente Macaco’ para reflexão e meditação.
No Budismo , vemos uma tentativa
características das religiões utilizando as necessidades e ignorância humana a
seu favor, uma característica de acalmar as mentes dos seguidores em relação a ansiedade,
medo, raiva, frustrações, pobreza, doença e morte. Religião foi criada para
lidar com as emoções humanas. A tarefa das religiões é nos manter com
esperança, nos livrar da incerteza provida pela duvida, impedir que nossas
mentes sofra no terror do vazio existencial
e segurar nossas mãos nos priores momentos e finais momentos de nossas
vidas. Religião é a esperança de evitar o sofrimento e buscar recompensa e
conforto, quando tudo falha.
1025 D.C, Dinastia Song, China. Um escultor produz uma
representação de uma bela divindade Budista feminina chamada Guanyin. Ela é a
versão Budista da Virgem Maria (que também é uma história falsa contada a
milhares de anos), ela tem o papel semelhante a da Virgem Maria. No Catolicismo
temos a representação do Papel do Pai e da Mãe na vida de cada individuo. O
Deus cristão e a Virgem Maria substituem essa necessidade. O objetivo tanto da
Virgem Maria, de Deus, da deusa Budista, é nos ouvir nas emergências, oferecer
ternura, alivio e nos fortalecer para enfrentar as tarefas da vida. O ponto
centra destas duas figuras (deusa budista e da Virgem Maria) maternas no
Budismo e no Cristianismo sugere que a vida madura adulta tem momentos de
dúvidas terríveis e dilacerantes, que necessitam de uma saída. Essas duas
figuras maternas fazem o papel de Mães de uma criança que as protege dos
perigos do mundo. O que traz a necessidade de recuperar a segurança e o
aconchego da infância.
Ser um adulto razoável não
funciona sempre. Nas nossas piores crises, nós regredimos. Queremos ser
acolhidos, compreendidos e perdoados como se tivéssemos 5 anos. A religião se aperfeiçoou
em atingir psicologicamente seus seguidores. A religião sabe de tudo isso, respeita e não
nos zomba por isso. Muito pelo contrário, utiliza nossas necessidades,
fraquezas, ignorância, erros, falhas, nossas emoções, nossos medos, prazeres e
desejos, para que possam continuar viva. São como sangue sugas. A religião é a
mestre em manipular, usar e dominar as pessoas para saciar a existência da
religião e impor sua força perante o mundo. A religião se coloca como algo bom, mesmo
tendo seu lado negativo. É necessário separar a religião das pessoas. Existem
pessoas religiosas que não fazem mal a uma mosca, e existem pessoas religiosas
que estão dispostas a tirar a vida de outras pessoas, humilhar, agredir, matar,
roubar, destruir em nome do que acreditam. Religião possuí dois lados, e o lado
negativo, não justifica o positivo. É necessário muito cuidado com as religiões.
Assim que o sistema conseguir saciar as necessidades dos pobres, dos
necessitados, a religião perderá totalmente seu sentido. É necessário o
sofrimento, a pobreza, o ódio, a dor, a frustração, e tudo o que há de mal no
mundo, para que a religião sobreviva. Uma vez que o sistema satisfaz e resolve
esses problemas, a religião perderá sua necessidade de existir.
1133 D.C. Winchester, Inglaterra.
As pessoas mais pobres da região de Winchester, sul da Inglaterra se refugiam
no ‘Hospital of St Cross and Almshouse of Noble Poverty’, está é a mais antiga
instituição de caridade do Reino Unido (a religião tem seu próprio sistema, que
pode ser comparado a muitos sistemas governamentais hoje em dia. A religião tentou
ser dona do mundo), fundada pelo Bispo de Winchester. Que leu os evangelhos meticulosamente
e se inspirou na ordem de Jesus (uma pessoa que se preocupava com os pobres
como sendo pessoas especiais, o que satisfazia a necessidade dos pobres de
terem um representante e serem ouvidos) para tratar os mais pobres com
dignidade especial (o que faz sentido já que os pobres é uma parte importante da
sociedade, logo não devem ser deixados de lado ou ignorados). Destinado aos
pobres, o asilo tem a escola de Oxford ou Cambridge, com a mais bela e nobre
arquitetura da época. Asilos são um exemplo típico de um tema encontrado em
todas as religiões do mundo: A caridade, e o dever dos ricos cuidares dos
pobres. Ou seja, baseado na necessidade humana e na empatia humana, foram
criadas diversas causas com o nome de suas divindades. Formas de representar os
deuses através dos sentimentos e necessidades humanas.
Pode haver um aspecto regressivo
nisso, as religiões podem ser parabenizadas por moderar os impulsos egoístas e
lembrar os poderosos de pensarem nos indefesos. A religião pede para as pessoas se imaginarem
como infelizes, e que necessitam de Deus, tendo assim a ideia de que se se
humilharem e buscarem a Deus, serão dignos de um lugar especial no esquema
divino. Trabalham o medo para assim gerarem uma solução através de uma
recompensa divina.
Nicolau Copérnico publica ‘Da
revolução de esperas Celestes’, propondo uma visão heliocêntrica do universo no
lugar da visão geocêntrica amplamente aceita na época baseado no livro de Josué,
colocando o homem e a terra como o centro do universo. Em 1916, a Igreja
Católica declarou a teoria heliocêntrica absurda e raivosamente baniu o
trabalho de Copérnico. Entretanto a revolução de Copérnico não seria contida.
Galileu Galilei defendeu o sistema em ‘O diálogo sobre os dois principais
sistemas do mundo’ publicado em 1632. O papado novamente furioso não aceita
tais ideias. Amaldiçoou Copérnico novamente e colocou Galileu Galilei em prisão
domiciliar.
A igreja tentando se apegar a algo
amável, utilizando as necessidades humanas, serviu por um tempo e fez bem a
muitas pessoas. Para a época a religião era o melhor sistema (na época, pois
não estamos mais vivendo naquela época). A ideia de nossa significância
cósmica. A ideia que somos importantes. DE que alguém lá fora se importa com
cada um de nós. Uma ideia brilhante devemos admitir da qual satisfaz a maioria
das necessidades humanas. A religião tem um papel importante, porém isso não
quer dizer que seja tão importante. As teorias de Copérnico e Galileu são como
um fim doloroso da infância da humanidade. A descoberta de que somos um pequeno
e insignificante ponto azul na imensidão do espaço, foi destruidor para a
religião e principalmente para as necessidades humanas. Se a ciência existisse
ainda mais cedo na história da humanidade, seria muito provável que a maioria
dos mitos e das religiões não existiriam.
Um novo terror para as religiões e
para milhares de pessoas passou a existir. Um novo terror existencial irá ecoar
pelos séculos pelas descobertas científicas que colocam em check as histórias e
conhecimento religioso. Ainda hoje estamos lidando com isso.
Julho de 1830, Londres,
Inglaterra. Charles Lyell publica o primeiro de três volumes de sua obra prima
geológica: 'Princípios da Geologia’. O conhecimento sempre foi e sempre será a
forma mais bela de ajudar as pessoas. O livro usa novos métodos geológicos que
mostram que a terra é mais velha do que se acreditava. A Bíblia, pegada
literalmente diz que a Terra tem aproximadamente 6000 anos. Lyell diz que o
registro fóssil prova que ela tem pelo menos 240 milhões de anos, baseado na
observação de fósseis marinhos. A
ciência moderna estima em 4,5 Bilhões de anos. Os religiosos mais modernos
contorceram a Bíblia para que a ideia Bíblica de 6 mil anos, fosse esquecida.
Hoje, a religião evoluiu, utilizando os limites da ciência moderna como fonte
de sua crença, assim como faziam os que jamais tiveram a oportunidade de ver as
evidencias científicas modernas antes de escrever o livro de gênesis.
Em respostas as descobertas de
Lyell, o critico social Jhon Ruskin abandona sua fé. Ele diz que sua fé foi
amassada até a espessura de uma folha de ouro, por uma evidencia rochosa. ‘Se
os geólogos me deixassem sozinho’, ele escreve, ‘eu ficaria muito bem. Mas
aqueles martelos terríveis , ouço o barulho no final de cada verso da bíblia’.
A ciência tornou quase impossível para qualquer pessoa inteligente acreditar na
bíblia como uma verdade literal. Essa é a principal razão da existência da
apologética (a forma religiosa de reinterpretar a bíblia para que as evidencias
e descobertas científicas modernas, façam parte da mesma).
1835, Tubingen, Alemanha. David
Friedrich Strauss, com 27 anos, publica a primeira edição do primeiro volume de
um trabalho que marcaria a época: A vida de Jesus examinada criticamente.
Strauss defende que não importa se Cristo era realmente o filhos de Deus ou fez
milagres ou se voltou dos mortos depois de ser crucificado. O que importa,
segundo Strauss, foi o exemplo moral e social que Jesus deixou. Essa ideia será
predominante na religião, já que os próprios religiosos estão aos poucos se
afastando da religião, já que eles mesmos estão descobrindo as mentiras e o
quanto a religião pode ser perigosa. Os mais simples e leigos ainda seguem as
religiões sem a conhecer, já aqueles que são religiosos e conhecem a religião,
buscar saciar a crença na ideia de Jesus e do que ele fez (a necessidade humana
de saciar suas necessidades, ajudar os pobres, e assim por diante). Não é uma
ideia que provem de Jesus, mas uma necessidade que todos temos. Essa
necessidade que foi feita de refém e presa pela religião.
A generosidade de Jesus, sua
imensa ternura com os fracos, o amor com o próximo sem julgar o passado ou o
que a pessoa fez, a possibilidade de redenção e seu compromisso com o perdão.
Sua humildade. Ele viveu como carpinteiro, cresceu em meio a pobreza e
descobriu que não é correto as pessoas viverem como viviam. Jesus tinha uma
vida simples. Viveu entre os pobres. Strauss inicia uma nova forma de olhar
para a religião. A religião Não é uma descrição verdadeira de como o mundo
realmente é. A religião é algo que os humanos inventaram para satisfazer suas
necessidades. Muitas das formas de satisfazer a necessidade humana criada pelas
religiões são valiosas e merecem nosso respeito, porém outras não são mais
valiosas e merecem ficar na história. É neste lugar que a religião merece
ficar: na história.
1885, Amsterdã, Holanda. Um novo
museu nacional, Rijksmuseum, abre oficialmente. O arquiteto Pierre Cuypers
passou a carreira projetando e restaurando igrejas. O prédio rapidamente é
chamado de ‘A nova catedral’ dedicada a arte. Com vitrais coloridos e uma
solenidade eclesiástica. O museu foi um de muitos a serem abertos na segunda
metade do século 19. É o resultado de um pânico generalizado, pelo que poderia
de alguma forma, substituir a religião, agora que a fé está decaindo. É possível
através da razão e da arte, saciar muitas das necessidades humanas da qual a
religião fez como refém. Uma resposta
vencedora e impressionante é que a cultura pode substituir as escrituras. O
argumento é que a arte pode nos trazer muitas das coisas que a religião já
trouxe. Ela pode ser um guia. Uma fonte de consolo que pode ensinar a sabedoria
e compaixão. Uma lembrança de nossa natureza boa. Algo que pode,
imperfeitamente, mas ainda de forma real, nos reconciliar com a mortalidade e
aos poucos ir perdendo o medo da morrer.
Conclusão
As necessidades que as religiões
atendiam eram reais e importantes. Apesar da ciência, da TV, parques temáticos
e centros de tratamento de câncer, nós ainda temos muitas dessas necessidades.
Essas necessidades permite que a religião continue a sobreviver. Ainda temos
que morrer e ainda precisamos de consolo em relação a morte. Precisamos ser
lembrados, perante o capitalismo agressivo dos nossos deveres perante a
comunidade, principalmente com os pobres. Ainda precisamos de um lugar para
levar nossas ambições não atendidas, frustrações e tristezas. A religião pode
ter sido uma ilusão profunda, mas foi uma ilusão importante. A principal
mensagem, mesmo com tudo de ruim que a religião tem, é que precisamos compreender
de verdade e ter compaixão para saber como criar sociedade seculares funcionas
em nosso tempo.
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